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Protegido: Seminário: ICMS na Educação

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Protegido: Dia Nacional da Alfabetização: o direito de aprender a ler e a escrever com livros que valorizam a cultura afro-brasileira

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Termo de referência SAEV

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Karine Marques Campelo

Gerente de Gente e Gestão
karinecampelo@abemcomum.org

Bacharel em Administração de Empresas, pelo Centro de Ensino Unificado de Teresina (CEUT), pós-graduando em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Certificada em Profissional Coach, Líder Coach, Analista Comportamental e 360º pelo Instituto Brasileiro de Coach (IBC) e diversos cursos na área de Recursos Humanos. Atua há quase 20 anos em recrutamento e seleção de talentos, capacitação e desenvolvimento de pessoas, análise de desempenho e análise de indicadores com foco em atingir os melhores resultados. Hoje é responsável pela estruturação da área de Gente e Gestão da associação Bem Comum.

https://www.linkedin.com/in/karinecampelo/

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Ricardo Lima Caratti

Coordenador de Tecnologia da Informação ricardocaratti@abemcomum.org

Mestrando na Universidade Federal do Ceará no programa Tecnologia Educacionais. Possui graduação em Sistema de Informação pela União Pioneira de Integração Social (2004); possui especialização em Ciência da Computação (Desenvolvimento de Sistemas com Orientação a Objetos) pela Universidade de Brasília (UNB); trabalhou na Universidade Federal do Ceará (UFC) como desenvolvedor de sistemas entre 1985 e 1996; participou de várias pesquisas na área de avaliação das redes de ensino estadual e municipal do estado do Ceará junto ao CETREDE e Fundação Cearense de Pesquisa; atuou como consultor de TI e Administrador de Banco de Dados no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Texeira (INEP) no período de 1998 e 2003; trabalhou na Confederação Nacional da Indústria (CNI) entre 2004 e 2011; colaborou na Avaliação Externa do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará; foi colaborador técnico do Sistema de Monitoramento e Avaliação do Programa Seguro-desemprego no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); atuou como consultor da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza entre 2017 e 2020; atualmente é sócio gerente da empresa Consultoria Avaliar LTDA.

http://lattes.cnpq.br/0303892363983960

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Rita Alcina Monteiro Silva

Coordenadora Estadual – EPV
ritaalcina@abemcomum.org

Pedagoga e pós graduada em Didática da Matemática. Iniciei minha experiência na Educação no município de Sobral, como agente administrativo, onde me encantei com a Política de Educação implementada pela rede de ensino. Tive o privilégio de vivenciar várias funções nas escolas: professora, coordenadora e diretora (2006 a 2018). Também atuei como formadora de matemática das séries iniciais (2008 a 2018). Atualmente, trabalho na Associação Bem Comum, como Coordenadora do Programa EPV em Pernambuco, na convicção e no desejo constante, de um cenário educativo brasileiro onde todas as crianças aprendam de forma significativa.

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Realizando sonhos

                                                    A História

  • Kayo Hamon, 31 anos, interno da Penitenciária Industrial do Cariri, após dois anos de estudo, concluiu o ensino superior e se tornou o primeiro preso da atual gestão da Secretária de Administração Penitenciária (SAP) a se formar em um curso à distância durante cumprimento de pena no regime fechado;
  • Ele conseguiu a vaga com a aprovação no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), com as notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL);
  • Realizou o sonho de muitos jovens, vestiu a beca, recebeu o diploma e agora está formado em Gestão Comercial pela Faculdade Educacional (FAEL)

                                         O Desafio

  • O Infopen 2019 aponta que o Brasil possui uma população prisional de 773.151 pessoas privadas de liberdade em todos os regimes;
  • Dos mais de 700 mil presos em todo o país, 8% são analfabetos, 70% não chegaram a concluir o ensino fundamental e 92% não concluíram o ensino médio; 
  • Não chega a 1% os que ingressam ou tenham um diploma do ensino superior. Apesar do perfil marcado pela baixa escolaridade, diretamente associada à exclusão social, nem 13% deles têm acesso a atividades educativas nas prisões.

                                         A Ação

  • O Enem PPL avalia o desempenho do participante que concluiu o ensino médio e, a partir de critérios utilizados pelo Ministério da Educação (MEC), permite o acesso ao ensino superior por meio de programas como Sisu, Prouni e Fies. Além disso, contribui para elevar a escolaridade da população prisional brasileira.
  • Por acreditar na educação como elemento transformador, inclusive para a redução da reincidência criminal e da exclusão social, o Inep realiza, anualmente, o Exame Nacional do Ensino Médio para adultos privados de liberdade e jovens sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL).

                                      O Resultado

  • Outros internos também estão matriculados em aulas regulares nos ensinos de alfabetização, ensino fundamental e médio nas unidades prisionais. Segundo a SAP, o número é de 3.450 internos com acesso garantido;
  • Além de Kayo, outros 12 alunos também fazem cursos de nível superior à distância na mesma unidade. As aulas são de segunda a sexta, 3 horas por dia, em uma sala da unidade. Os módulos são virtuais e monitorados pelo setor de educação;
  • “Meu principal objetivo é sair daqui como cidadão e dar um futuro digno à minha família. Que meu exemplo sirva de espelho para meus colegas, porque apesar dos nossos erros, com esforço e dedicação podemos nos reerguer e mudar de vida”, afirma o interno por meio da secretária.

                                                 Fontes

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Nunca é tarde para aprender

                                                    A História

  • Sr. Pedro Francisco de Souza de 103 anos, morador de Vitória/ES, oleiro aposentado, pai de 14 filhos, 22 netos e 10 bisnetos;
  • Mesmo com a idade avançada e seguindo o exemplo do filho André de 46 anos ele decidiu em 2021 voltar para escola com intuito de desenvolver a fala, a leitura e a escrita e hoje frequenta a Escola de Ensino Fundamental Suzete Cuendet na modalidade EJA.
  • Sr. Pedro conta que na infância não teve muita oportunidade de estudar, mas que incentivou os filhos a frequentarem a escola.
  • Hoje os netos e bisnetos todos são alfabetizados e continuam seus estudos.

“O meu estudo é pouco. Sem ler não podemos falar, não podemos fazer um nada é por isso que continuo estudando”.

                                         O Desafio

  • Em 2019 existia no Brasil 11,041 milhões de analfabetos, sendo 76% de cor preta ou parda;
  • O analfabetismo é até 3x maior entre os idosos do que entre os jovens, na faixa etária a partir de 60 anos, a taxa de analfabetismo no País foi de 18%;
  • Já entre os idosos pretos ou pardos, o analfabetismo é de 27,1%.

                                         A Ação

  • Segundo o Censo Escolar da Educação Básica 2019, a EJA tem 3.273.668 estudantes matriculados;
  • A EJA foi regulamentada com o objetivo de dar uma chance para quem precisou parar de estudar;
  • É destinada, como o próprio nome indica, para jovens e adultos, mas também pode ser usufruído por idosos;
  • Os alunos com menos de 30 anos representam 62,2% das matrículas da EJA. Nesta faixa etária 57,1% é do sexo masculino; 
  • Quando se observa os estudantes com mais de 30 anos, as mulheres correspondem a 58,6% das matrículas.

                                      O Resultado

  • Sr. Pedro tornou-se exemplo de superação e foi inclusive reconhecido publicamente pelo Prefeito e pela Secretária de Educação de Vitória. 
  • “O meu estudo é pouco. Sem ler não podemos falar, não podemos fazer um nada é por isso que continuo estudando”.
  • Sobre o futuro? Ele afirma não querer morrer sem ser alfabetizado e que “nunca é tarde para aprender, enquanto há vida, há esperança”. 
  • Contou ainda que o sonho é fazer o curso para ser Delegado.

                                                 Fontes