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Especialistas defendem parceria como estratégia de combate ao analfabetismo infantil

A parceria é o caminho para alfabetizar as crianças e colocá-las na idade escolar adequada. A conclusão é dos participantes do Seminário Nacional pela Alfabetização 2023, no primeiro dia do evento, nesta terça-feira (19), em Brasília (DF). Com base em uma série de experiências bem-sucedidas nos estados e municípios, os especialistas defenderam a união de esforços.

Por dois dias, participam do Seminário autoridades em educação e representantes de organizações civis, estados e municípios, assim como integrantes do Consed (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação), da ABC (Associação Bem Comum), do Instituto Natura e da Fundação Lemann.

A ideia é mostrar como as parcerias com estados e municípios produzem resultados eficientes nos processos para alfabetizar crianças. Para a diretora da Coordenação Executiva da Associação Bem Comum, Márcia Campos, alfabetizar crianças é mais do que uma aliança estratégica, é uma missão que une parceiros. Ela agradeceu ao Consed e à Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).

Emocionada, Márcia Campos não conteve as lágrimas. “Seus filhos precisam de oportunidade”, afirmou ela. “ Eles precisam de oportunidade para construir uma vida digna, ou seja, este presente para um futuro melhor”, disse. Segundo ela, essa aliança entre as entidades parceiras rende bons frutos. “A cooperação está funcionando na prática”, completou.

A exemplo de Márcia Campos, a diretora de Impacto da Fundação Lemann, Camila Pereira, defendeu a parceria como alternativa para melhorar os índices de alfabetização. “Mais do que um lema, é uma missão.  A gente vê que é possível”, disse. “Alfabetização não é sobre uma vontade, mas sobre uma missão.”

Grande sonho

O coordenador do Pacto pela Aprendizagem no Espírito Santo, Saulo Andreon, disse que a realização do Seminário era como um sonho. De acordo com ele, os avanços registrados por municípios em 16 estados (Alagoas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe) envolveram diretamente os parceiros civis.

Para o secretário de Educação do Mato Grosso e integrante do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), Alan Porto, o Brasil tem dois grandes desafios que ele comparou com panelas. Numa delas, está a educação e na outra, desigualdade social. Questões que precisam ser enfrentadas de forma direta e rápida. “Existem duas panelas: é a panela do presente com arroz, feijão e carne na mesa dos brasileiros e a segunda é a do futuro para que as crianças não sejam analfabetas”, disse Alan.

O secretário Municipal de Educação de Sud Mennucci (SP) e presidente da Undime, Luiz Miguel Garcia, ressaltou que a educação é um processo que envolve vários atores. “O regime de colaboração é o centro do processo. Os municípios estão prontos, do menor até o maior”

Para a diretora de Políticas Educacionais do Instituto Natura, Maria Slemenson, é preciso “fortalecer as redes” para pensar no Brasil do futuro. “É o encontro da união de esforços dos Estados, municípios, prefeitos, secretários, professores em prol da alfabetização, colocando este tema no centro dos debates. Com o entendimento que se a gente não tem as crianças alfabetizadas no início da sua jornada, a gente condena o futuro do país”, disse. “Com exclusão social, a criança não aprende, é preciso ter isso em mente.”      

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Para especialistas, avaliações conjuntas aperfeiçoam a educação

União, estados e municípios devem unir os esforços para a elaboração de avaliações, a valorização dos professores e por ações que visem aperfeiçoar o sistema de alfabetizar crianças no país. Essa é a análise dos especialistas que participaram de uma das plenárias do segundo dia do Seminário Nacional pela Alfabetização 2023, em Brasília (DF). 

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, afirmou estar convencido de que um sistema de cooperação mútua pode melhorar os índices de alfabetização de crianças. Ele anunciou também que, no  próximo dia 16, haverá uma reunião de gestão interfederativa com secretários estaduais e municipais, além de representantes da  União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) para aprimorar o sistema de avaliação.  

“Temos que trabalhar para que o sistema de avaliação não fique congelado”, afirmou Palácios. Eu acredito muito na colaboração entre estados, municípios e União para fazer esse processo ser mais permeável à mudança. A descentralização na área da avaliação é extremamente importante, bem como a participação de um número maior de instituições na discussão do que deve ser avaliado.”

Buscando aperfeiçoar

Ex-presidente do Inep, o professor universitário Chico Soares destacou a necessidade de promover avaliações precisas para aperfeiçoar o sistema educacional na sua totalidade. “A criança aprende o que ela faz, não o que a gente diz para ela fazer”, reiterou. “A avaliação é extremamente importante para a gente dizer o que a criança deve aprender. Na educação é preciso uma postura social de aprendizado para todos.”

Para Chico Soares, o educador tem de manter os sonhos. “É difícil, mas você que está na educação, tem que sonhar. Eu sonho com vocês e nós todos sonhamos juntos.” Segundo ele, é necessário assegurar também bons salários e a valorização dos profissionais. “Se você está na educação, tem que estar do lado da garantia do direito para todos. Garantir direito significa organizar bem os recursos, ou seja, juntar eficiência com produção da justiça.”

Formação continuada

A professora Hilda Linhares, especialista em linguagem e alfabetização da Universidade Federal de Juiz Federal (UFJF), reiterou que a formação dos professores deve ocorrer de forma contínua. “A formação de professores não pode ser composta por eventos episódicos, curta duração ou oficinas. Ela precisa ser consistente e ter consequência na carreira do professor.”

Para Hilda Linhares, as avaliações relativas aos processos de alfabetização contribuem também para a formação de professores. “A formação continuada de professores precisa contemplar muito claramente a perspectiva de um professor que ensina a leitura para além de ensinar as habilidades fundamentais da alfabetização.”

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A equidade é fundamental ao pensar em alfabetizar crianças

O Seminário Nacional pela Alfabetização, que conta com aproximadamente 500 pessoas de forma presencial e quase 40 mil inscritos de forma on-line, é organizado por 16 estados e seus  municípios com apoio do Consed (Conselho Nacional dos Secretários de Educação dos Estados), da ABC (Associação Bem Comum), do Instituto Natura e da Fundação Lemann.

No segundo dia, “Equidade na Alfabetização” foi tema de uma ampla mesa de debates. Os palestrantes convidados foram categóricos: a escola tem de ser inclusiva e lugar de acolhimento. Do contrário, é impossível pensar em políticas eficientes de alfabetização.

O coordenador geral de Equidade Educacional da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, Maurício Ernica, destacou que o MEC passa por um processo de reconstrução de políticas públicas. Segundo ele, o momento é de colaboração global. “Nada se faz sem a colaboração entre os entes”, afirmou. “Não escutar, não colaborar, produz políticas públicas ruins. Política pública se conduz com ampla escuta.”

A secretária-executiva de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco, Tárcia Silva, resumiu o sentimento comum entre as pessoas negras no Brasil. Eu sou a menina que teve apelido por causa do meu cabelo. Essa não é a infância que nós, meninas e meninos negros, merecemos. Nenhuma criança precisa passar por isso no seu processo escolar, no seu processo de alfabetização”, destacou. “Toda criança merece ter seu corpo, seu cabelo, sua identidade, sua etnia respeitada e representada no espaço escolar.”

Construção de saberes

Assim como Tárcia, ao contar a história da sua vida, a pró-reitora adjunta de Assuntos Estudantis e Políticas Afirmativas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Luciana Alves, emocionou os presentes. Ela relembrou que a mãe fez até o  5º ano do fundamental e o pai era oriundo do sistema prisional. Segundo a pró-reitora, foi uma vida de exclusão individual e coletiva. “Quando virei mãe, eu não queria que meu filho vivesse o que eu vivi”, disse.

“Infelizmente, a experiência mostra que a raça limita as oportunidades de aprendizagem”, ressaltou Luciana. Em seguida, ela destacou o papel da alfabetização. “É a alfabetização que permite o pleno exercício da cidadania. Nada me empoderou mais do que ser sabida”, concluiu, bem-humorada.

Para Bárbara Karine, escritora e sócio-fundadora da Escola Afro-brasileira Maria Felipa, ao alfabetizar é necessário pensar na construção dos saberes, o que envolve um conjunto de aspectos e sentimentos. “Só sabendo de onde a gente veio é que a gente sabe quem a gente é e quais passos emancipatórios em comunidade nós queremos dar”, afirmou. Segundo ela, é essencial que crianças negras e não-negras compreendam a complexidade deste processo. “Por que é tão importante educar a criança branca para perspectiva de valorização da cultura ancestral do outro? Para que ela não acredite que o mundo tem que girar em torno do próprio umbigo.”

Professor da Escola Indígena Direito de Aprender do Povo Anacé, no Ceará, Thiago Anacé ressaltou que os excluídos socialmente merecem e esperam a reparação histórica e social. “O indígena que vai à Universidade não vai sozinho. Ele leva toda a sua história, leva todo o seu povo”, disse. “Quando falamos de políticas de reparação histórica, de inclusão, de promoção da equidade, é preciso que voltemos e façamos este resgate do que foi a história de ocupação deste país.”

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Educador e filósofo colombiano elogia mobilização nacional pela alfabetização

O diretor da Fundación Avina Internacional, professor e educador colombiano Bernardo Toro elogiou a mobilização nacional em favor da valorização do ensino básico com qualidade no Brasil. Toro ministrou palestra magna no segundo dia do Seminário Nacional pela Alfabetização 2023, em Brasília (DF), e foi aplaudido de pé pelos presentes.

Os debates dominaram as plenárias do Seminário, organizado por 16 estados e seus municípios, com apoio do Consed (Conselho Nacional dos Secretários de Educação dos Estados), da ABC (Associação Bem Comum), do Instituto Natura e da Fundação Lemann.

“Se uma criança não aprende, a responsabilidade é do adulto. Qualquer pessoa, em qualquer idade, pode aprender qualquer coisa. Tudo depende apenas do método e motivação. Não culpe a criança do fracasso, cabe ao mestre a motivação”, ressaltou Toro.

O educador explicou a importância da valorização da educação e, consequentemente, dos educadores e professores de forma geral. Ele destacou que, mesmo sendo o ensino público, os professores não são “de graça” – têm e merecem salários.

Toro disse que só com esta consciência será possível efetivar um projeto que considera ideal: “As escolas devem se parecer com os sonhos dos pais e das crianças”.

O papel do educador

Como educador, ele lançou uma indagação à plateia. “Por que existe a educação? A educação existe somente porque o conhecimento não é natural ao ser humano. Todos os conhecimentos que nós temos e tudo que aprendemos alguém nos ensinou, por isso existe a educação”.

Toro sugeriu métodos criativos para estimular as crianças à aprendizagem. “Se queremos que as crianças aprendam algo e é preciso cantar, cantemos! Porque a estratégia, o produto, do professor é a aprendizagem, e não a aula em si. Uma das características importantes de uma mobilização na educação é que os educadores devem se aceitar como profissionais.”

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Abertura de Seminário: Alfabetizar crianças depende de uma estratégia baseada em respeito mútuo

É necessária uma estratégia nacional, respeitando as peculiaridades e os avanços regionais para garantir a alfabetização das crianças. A análise é compartilhada pela secretária-executiva do Ministério da Educação, Izolda Cela, pelos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, e da Paraíba, João Azevêdo, e pelos secretários estaduais de Educação presentes na mesa de abertura do Seminário Nacional pela Alfabetização 2023, que iniciou nesta terça-feira (19), em Brasília (DF). 

Com apoio das organizações civis, dos estados e municípios, assim como do Consed (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação), da ABC (Associação Bem Comum), do Instituto Natura e da Fundação Lemann, o evento mostra como as parcerias intersetoriais produzem resultados eficientes na alfabetização de crianças.

“Nós estamos aqui pelo direito das crianças de ter chance”, ressaltou Izolda Cela, na abertura do Seminário, sendo aplaudida pelos presentes. “Temos de respeitar as autonomias”, reiterou. “O que seria de nós se não fossem as boas interlocuções e a capacidade de ter parceiros?”, acrescentou a secretária-executiva, que foi governadora do Ceará e secretária estadual de Educação.

O Seminário é acompanhado por cerca de 35 mil pessoas, entre presenciais e virtuais.

As experiências regionais

Caiado e Azevêdo destacaram o desafio que é alfabetizar as crianças e colocá-las na idade adequada na escola. Os governadores de Goiás e da Paraíba criaram programas para buscar soluções e ambos conseguiram resultados positivos e defenderam que apenas a ação coletiva – União, estados, municípios e sociedade – possibilitará avanços.

“Só se quebra o ciclo da pobreza se rompermos condições de educação de qualidade para as crianças”, afirmou Caiado, brincando que, onde ele vê resultados positivos na educação, como no Ceará, ele vai lá, aprende e tenta reproduzir. “A Secretaria de Educação é para dar resposta para as crianças, não é trampolim político.”

Em Goiás, Caiado disse que reformou as escolas mais antigas, aumentou o número de ônibus para as crianças da área rural e mantém uma política permanente de incentivo à educação continuada para os professores, buscando melhores salários e estimulando que se tornem gestores da educação. “Só posso cobrar da secretária de Educação, se eu der total autonomia para ela”, disse.

Azevêdo disse que, na Paraíba, ele preferiu começar pela base da educação, construindo 213 creches. “Foi o primeiro passo”, disse ele. Em seguida, foi identificado o problema alimentar, que influencia diretamente no rendimento da criança na escola. Segundo o governador, em educação é preciso pensar no todo, jamais em um ou outro aspecto.

“Só consigo ver a educação como uma corrente com vários elos e atuação em todos eles”, afirmou Azevêdo. “Às vezes uma ação simples, a gente não tem ideia onde chega.”

Secretários estaduais

A secretária estadual de Educação do Ceará, Eliana Estrela, destacou que ensino é “investimento”, não despesa. “Escola é lugar de vida, de oportunidades. Sempre com respeito e diálogo. Nada com imposição. Precisamos ter um diálogo, para aí, começar essa convocação”, disse ela, lembrando que o Ceará se orgulha dos índices elevados e bons resultados. “A escola deve ser respeitada e as crianças têm de ser respeitadas para aprender melhor. Esse regime de colaboração fortalecido ajuda a todos.”

Para o secretário de Educação em exercício do Maranhão, Anderson Santana, o programa “Escola Digna”, implantado no estado, promoveu reformas nos colégios construídos com barro e taipa. Porém, as autoridades perceberam que era necessário mais. “Paredes não ensinam, tijolos não aprendem. Fomos investir na formação dos professores”, afirmou ele, informando que há avaliação anual das escolas para identificar aspectos que devem ser aperfeiçoados. “A educação é o passo inicial. Não estar alfabetizado é estar cego, é não poder enxergar o mundo.”

O secretário de Educação de Tocantins, Fábio Vaz, detalhou a execução do “Programa de Professores” que ganhou adesão de  85% dos municípios, priorizando a educação básica com foco na alfabetização.  

O secretário de Educação do Paraná, Roni Miranda, emocionou os presentes ao afirmar que alfabetizar crianças é uma causa pessoal dele, uma vez que sua mãe é analfabeta. “Falar de educação é respeitar uma pessoa. Sou filho de mãe analfabeta, o que só aumenta a responsabilidade.”

Como participar do Seminário

O evento prossegue nesta quarta-feira (20). A participação como público envolvido no evento presencial é para convidados e virtualmente estará aberta a todos os interessados mediante inscrição prévia, que será realizada pelo site www.seminarioalfabetizacao.abc.br.

O evento pode ser acompanhado pelo canal https://seminarioalfabetizacao.abc.br/

Contatos para a Imprensa 

●  Myrian Pereira: 61 98282-0163 E-mail:  myrian@pensatacom.com

●  Renata Giraldi: 61 99988-8099 E-mail: giraldirenata@gmail.com 

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Inscrições Abertas: Seminário Nacional pela Alfabetização

Já são mais de 6 mil participantes inscritos para o formato virtual 

O Seminário Nacional pela Alfabetização 2023 marcado para os dias 19 e 20 de setembro, em Brasília, vai discutir programas e estratégias que estão em curso e funcionam como alternativas para melhorar a alfabetização de crianças no país. As inscrições estão abertas e são gratuitas. Até o momento são mais de 6 mil inscritos de todos os estados brasileiros. 

Os interessados terão a facilidade de participação virtual. A inscrição deve ser feita previamente por meio do site www.seminarioalfabetizacao.abc.br. A transmissão também será pelo site do Seminário. 

O evento envolverá representantes do Governo Federal e do Ministério da Educação, Secretárias(os) Estaduais e Municipais de Educação, gestores escolares, técnicos da área de educação, professores alfabetizadores, acadêmicos, políticos especializados e organizações do terceiro setor interessadas na alfabetização infantil. 

O seminário conta com o apoio de instituições como o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a Associação Bem Comum (ABC), o Instituto Natura e a Fundação Lemann.

O encontro promoverá debates e trocas de conhecimentos entre especialistas, líderes educacionais e profissionais engajados na área da educação. A expectativa é de direcionamento e inspiração para a criação de políticas de alfabetização sistêmicas e eficazes nos demais estados e municípios brasileiros. O futuro das crianças presente desde agora. 

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Seminário Nacional pela Alfabetização

Brasília sedia, nos dias 19 e 20 de setembro de 2023, o Seminário Nacional pela Alfabetização 2023, um dos maiores eventos sobre o processo para alfabetizar crianças do país. Nele estarão presentes autoridades em educação e representantes de organizações civis, estados e municípios. Com o apoio do Consed (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação), da ABC (Associação Bem Comum), do Instituto Natura, da Fundação Lemann, o evento pretende mostrar como as parcerias com estados e municípios produzem resultados eficientes na alfabetização de crianças.

O evento promoverá debates e trocas de conhecimentos entre especialistas, líderes educacionais e profissionais engajados na área da educação. A expectativa é de direcionamento para a criação de estratégias com a diversidade de visões e expertise dos participantes, estratégias eficazes para o desenvolvimento de políticas educacionais de qualidade.

Ação Coletiva

O coordenador Estadual do Pacto pela Aprendizagem do Espírito Santo (Paes), Saulo Andreon, destacou a importância de promover discussões como as que estarão presentes neste Seminário. Segundo ele, este é o ambiente ideal para lançar “luz sobre experiências de colaboração educacional, envolvendo Estados e municípios”.

“Recentes dados divulgados pelo MEC apontam que 64,2% das crianças de 8 anos não estão plenamente alfabetizadas. Reverter esses indicadores exige um compromisso de todos os atores públicos e privados na articulação de ações que afetem de forma intencional e significativa as salas de aulas para que se consolidem de fato como espaços de promoção da aprendizagem com proficiência”, ressaltou.

Andreon reiterou a necessidade de valorizar o material didático contextualizado e reconhecimento de boas práticas, ações desenvolvidas em parceria entre Estados e municípios.

“Esse seminário acontece num momento muito especial, num momento em que o MEC assume, de forma estratégica, um protagonismo decisivo na consolidação do regime de colaboração, liderando a política nacional de alfabetização. União Estados e municípios e sociedade civil ladeados num grande compromisso pela garantia da aprendizagem de nossas crianças brasileiras. Isso revigora e fortalece as redes de ensino.”

A experiência mostra que o processo de alfabetização produz mais resultados quando há um trabalho em equipe. Em Goiás, por exemplo, a professora Giselle Faria destaca que a “alfabetização tem de ser vista como uma política pública e que todos têm um papel a desempenhar”.

Giselle Faria destaca a atuação dos políticos, dos gestores, dos professores e dos funcionários que estão nas escolas. Também ressalta que a experiência mostra que o Programa Alfa Mais é uma parceria entre Estado e município, destacando os papéis de cada ator. “O governo precisa produzir bons materiais e os professores precisam estar motivados”, disse.

“A troca de experiências em uma rede colaborativa dá a sensação de pertencimento, de que é possível vencer o desafio do analfabetismo. É preciso acreditar no futuro das crianças brasileiras para que elas não percam oportunidades e sigam rumo ao sucesso.”

O coordenador estadual do Programa de Alfabetização na Idade Certa do Piauí, Cleverson Moreira Lino, reiterou que a educação como um todo, para ser aperfeiçoada, exige uma ação conjunta da União, dos Estados e dos municípios e demais atores, como sociedade civil organizada e família.

Para Cleverson Lino, o Seminário será essencial para buscar a consolidação dessas ações. “Precisamos redirecionar ações e reordenar atitudes e trazer inovações. As políticas de alfabetização têm de ser colocadas como prioridade”, disse ele, ressaltando que se a alfabetização ocorrer na idade certa, a “sequência” do estudante é natural.

Com a experiência de quem está na linha de frente da alfabetização, Cleverton Lino é taxativo: “Se a gente conseguir juntar esforços no mesmo sentido, todos vamos conseguir que as crianças consigam sucesso na vida acadêmica e para garantir um futuro melhor para o país”.

Debates

O Seminário Nacional pela Alfabetização 2023 vai reunir desde educadores renomados internacionalmente a especialistas em políticas públicas, professores (as), alfabetizadores (as), prefeitos (as), membros das Secretarias Municipais e Estaduais, governadores e ministros.

A lista de palestrantes reúne Manuel Palácios, presidente do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira); Chico Soares, professor emérito UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e ex-presidente do Inep, e Bernardo Toro, filósofo e educador colombiano, assim como Bárbara Carine, escritora, professora e sócia-fundadora da primeira escola Afro-brasileira do país; Luciana Alves pedagoga, pró-reitora adjunta de Assuntos Estudantis e Políticas Afirmativas na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e consultora em Educação para as Relações Étnico-Raciais e ainda Hilda Linhares, professora da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e especialista em linguagem e alfabetização do CAED/UFJF.

Participarão os secretários Marcius Beltrão (AL), Sandra Casimiro (AP), Fátima Gavioli (GO), Alan Porto (MT), Hélio Daher (MS), Rossieli Soares (PA), Roberto Souza (PB), Roni Miranda (PR) e Renato Feder (SP). Também está confirmada a presença de Vitor de Ângelo, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação e secretário de Educação do Espírito Santo.

Em debate, a construção de uma agenda nacional para a alfabetização, a importância da mobilização social em prol desse compromisso coletivo e o papel crucial tanto do Poder Executivo, como do público envolvido no evento, na concretização desse objetivo. A discussão passa ainda pela formação de professores e pelo desenvolvimento de materiais didáticos e currículo, por exemplo.  

Para participar

A participação como público envolvido no evento presencial é para convidados e virtualmente estará aberta a todos os interessados mediante inscrição prévia, que será realizada pelo site www.seminarioalfabetizacao.abc.br.

Contatos para a Imprensa 

  • Myrian Pereira: 61 98282-0163

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  • Renata Giraldi: 61 99988-8099

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Cartilha do TSE – Expressões racistas : como evitá-las

A obra não só fala sobre o que é o racismo, mas também oferece ferramentas e estratégias para evitar a reprodução de discursos preconceituosos e ofensivos.
Com linguagem clara e acessível, este livro é ideal para leitores de todas as idades e formações.

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Em iniciativa do ‘Alfabetiza Pará’, Seduc abre seleção para professores-autores de materiais didáticos

Estão abertas até o próximo dia 31 de agosto as inscrições para professores-alfabetizadores das redes estaduais e municipais paraense interessados em participar do processo seletivo para se tornarem autores do novo material didático para 1° e 2° anos de Língua Portuguesa, que será elaborado exclusivamente para o “Programa Alfabetiza Pará”. Para participar, basta preencher o formulário .

Com realização da Secretaria de Educação do Pará (Seduc), a ação conta com a parceria da Nova Escola e a Associação Bem Comum (ABC), que ficarão responsáveis pela seleção, formação e acompanhamento ao longo do processo de construção do material.

“Neste ano distribuímos o material didático do programa ‘Alfabetiza Pará’ para todas as nossas escolas de anos iniciais e para as escolas municipais que aderiram à iniciativa. Também contamos com o ‘Prepara’ para a recuperação da aprendizagem dos nossos estudantes da rede estadual. Essa parceria com a Bem Comum nos permitirá a quebra da sequência de 34 anos sem material didático próprio do estado, produzido por nossos professores e especialistas, com as características maravilhosas do Pará.
É um momento de muita alegria para a educação, vamos avançar para também contemplar as demais etapas de ensino”, destaca Rossieli Soares, secretário de Estado de Educação.


O edital do processo seletivo está disponível neste link .

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Professores do Paraná vão produzir Material Didático para Alfabetização

A Associação Nova Escola, em parceria com a Secretaria de Educação do Paraná e Associação Bem Comum, realizou um processo de seleção de professores das redes públicas municipais do estado para compor o Time de Autores-PR. O grupo será responsável por produzir material didático complementar de alfabetização, direcionado ao 1º e 2º ano dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e chegará às escolas para o ano letivo de 2025.