Especialistas defendem parceria como estratégia de combate ao analfabetismo infantil

A parceria é o caminho para alfabetizar as crianças e colocá-las na idade escolar adequada. A conclusão é dos participantes do Seminário Nacional pela Alfabetização 2023, no primeiro dia do evento, nesta terça-feira (19), em Brasília (DF). Com base em uma série de experiências bem-sucedidas nos estados e municípios, os especialistas defenderam a união de esforços.

Por dois dias, participam do Seminário autoridades em educação e representantes de organizações civis, estados e municípios, assim como integrantes do Consed (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação), da ABC (Associação Bem Comum), do Instituto Natura e da Fundação Lemann.

A ideia é mostrar como as parcerias com estados e municípios produzem resultados eficientes nos processos para alfabetizar crianças. Para a diretora da Coordenação Executiva da Associação Bem Comum, Márcia Campos, alfabetizar crianças é mais do que uma aliança estratégica, é uma missão que une parceiros. Ela agradeceu ao Consed e à Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).

Emocionada, Márcia Campos não conteve as lágrimas. “Seus filhos precisam de oportunidade”, afirmou ela. “ Eles precisam de oportunidade para construir uma vida digna, ou seja, este presente para um futuro melhor”, disse. Segundo ela, essa aliança entre as entidades parceiras rende bons frutos. “A cooperação está funcionando na prática”, completou.

A exemplo de Márcia Campos, a diretora de Impacto da Fundação Lemann, Camila Pereira, defendeu a parceria como alternativa para melhorar os índices de alfabetização. “Mais do que um lema, é uma missão.  A gente vê que é possível”, disse. “Alfabetização não é sobre uma vontade, mas sobre uma missão.”

Grande sonho

O coordenador do Pacto pela Aprendizagem no Espírito Santo, Saulo Andreon, disse que a realização do Seminário era como um sonho. De acordo com ele, os avanços registrados por municípios em 16 estados (Alagoas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe) envolveram diretamente os parceiros civis.

Para o secretário de Educação do Mato Grosso e integrante do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), Alan Porto, o Brasil tem dois grandes desafios que ele comparou com panelas. Numa delas, está a educação e na outra, desigualdade social. Questões que precisam ser enfrentadas de forma direta e rápida. “Existem duas panelas: é a panela do presente com arroz, feijão e carne na mesa dos brasileiros e a segunda é a do futuro para que as crianças não sejam analfabetas”, disse Alan.

O secretário Municipal de Educação de Sud Mennucci (SP) e presidente da Undime, Luiz Miguel Garcia, ressaltou que a educação é um processo que envolve vários atores. “O regime de colaboração é o centro do processo. Os municípios estão prontos, do menor até o maior”

Para a diretora de Políticas Educacionais do Instituto Natura, Maria Slemenson, é preciso “fortalecer as redes” para pensar no Brasil do futuro. “É o encontro da união de esforços dos Estados, municípios, prefeitos, secretários, professores em prol da alfabetização, colocando este tema no centro dos debates. Com o entendimento que se a gente não tem as crianças alfabetizadas no início da sua jornada, a gente condena o futuro do país”, disse. “Com exclusão social, a criança não aprende, é preciso ter isso em mente.”      

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