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Bem Comum realiza 1º Encontro Nacional com formadores da alfabetização

O 1º Encontro Nacional de Formadores do Ciclo de Alfabetização reuniu participantes de 43 municípios brasileiros.

Formadores do último ciclo, que aconteceu de 4 a 6 de março de 2024

Cerca de 140 docentes que atuam como formadores do ciclo de alfabetização participaram, entre os dias 26 de fevereiro e 6 de março, do 1º Encontro Nacional promovido pela Associação Bem Comum para municípios apoiados pelo Programa Educar pra Valer (EpV). Durante o evento, que aconteceu na sede da Lyceum Consultoria, em Sobral (CE), os formadores foram divididos em três grupos que participaram da programação durante três dias.

Na acolhida, o diretor-executivo da Bem Comum, Veveu Arruda, destacou o importante papel desempenhado pelos formadores em seus municípios. “Quem cuida das nossas crianças está cuidando das novas gerações. Com o trabalho de vocês, formadores de professores alfabetizadores, vocês estão possibilitando que as novas gerações sejam protagonistas das transformações, não só econômicas, mas também em relação à equidade, tornando o nosso país um lugar melhor de se viver. Então, este é um trabalho muito importante e, por isso, vocês merecem todos os aplausos e reconhecimentos”, parabenizou.

Veveu Arruda durante fala de acolhimento aos formadores municipais

Segundo Veveu, a escola tem o papel não apenas de garantir o acesso ao conhecimento ou de promover o desenvolvimento cognitivo, mas também de potencializar competências socioemocionais e cidadãs. “O nosso sonho é que a escola seja um lugar onde a criança passa a acreditar na força que ela tem, especialmente as crianças pobres, filhas e filhos de trabalhadores urbanos e rurais. E a formação é absolutamente indispensável para este processo de transformação de uma escola que produz analfabetos para uma escola que realmente alfabetiza”, ponderou.

Da esquerda para a direita: Joan Edesson e Vânia Felix (Lyceum), Julio Cavalcante, Valdenice Gomes e Veveu Arruda (Bem Comum) e Juliana Rohsner (Vitória/ES)

O diretor do programa Educar pra Valer, Júlio Cavalcante, destacou que o evento foi essencial para planejar os próximos passos da formação de professores nos municípios apoiados e, principalmente, fortalecer as políticas municipais de formação de professores alfabetizadores.

Programação

O primeiro dia do encontro abordou os elementos teórico-pedagógicos de uma boa aula – aquela que garante a aprendizagem de todas as crianças – como a organização de uma rotina de sala, o uso da contação de histórias para a formação de leitores e a importância do acompanhamento pedagógico ao professor alfabetizador. Todos os momentos formativos foram mediados por Vânia Félix, formadora de professores da Lyceum, instituição parceira da Bem Comum.

Vânia Felix, da Lyceum, durante formação com os participantes do evento

Na manhã do segundo dia, os professores tiveram a oportunidade de observar salas de aula em três escolas públicas de Sobral – Maria Yêdda Frota, José da Matta e Silva e Padre Osvaldo Chaves – com o objetivo de compreender como os elementos teóricos são aplicados na prática por professores alfabetizadores. À tarde, houve um momento para troca de experiências sobre os aprendizados da visita técnica e, em seguida, debateu-se sobre o perfil e as atribuições do formador municipal.

A secretária de Educação de Vitória (ES), Juliana Rohsner, destacou que o evento foi importante para inspirar e ver de perto como funciona a rotina de uma escola alfabetizadora. “Tivemos a oportunidade de ver dentro da escola como a aula acontece, quais são os princípios e valores, qual é o ritmo e a rotina que não pode faltar. Com isso, os nossos formadores também estão se inspirando para que possam trazer essas práticas para a rede pública de Vitória”, disse ela. Também participaram do encontro os secretários de Educação dos municípios de Serra Talhada (PE), Vitória (ES), Benevides (PA) e Pesqueira (PE).

A secretária de Educação de Vitória (ES), Juliana Rohsner, com Samuel Peres, da Fundação Lemann, durante visita à escola sobralense

O terceiro dia contou com uma troca de experiências exitosas em sala de aula, resultado das formações realizadas pelos municípios presentes no evento. O evento foi concluído com a validação coletiva da proposta de formação continuada e em serviço do Programa EpV, que será implementada durante o ano de 2024 para todos os municípios parceiros.

Samuel Peres, analista de Educação da Fundação Lemann – uma das instituições parcerias da Bem Comum na execução do Programa Educar pra Valer – ressaltou que o evento contribuiu para reforçar o quanto a cooperação entre o formador e o professor alfabetizador pode impactar positiva e diretamente nos resultados de aprendizagem das crianças. “O programa sistematiza uma metodologia pautada em uma rotina que capacita e empodera os professores e ela mostrou-se eficaz no objetivo de fortalecer as redes participantes com compartilhamento de experiências. Fica nítida a importância de como a aproximação do formador com o professor impacta no processo de ensino-aprendizagem dentro de sala de aula”, explica ele.

Participaram do 1º Encontro Nacional formadores dos seguintes municípios: Alagoinhas (BA), Aracaju (SE), Barreirinhas (MA), Benevides (PA), Cabaceiras (PB), Cabedelo (PB), Cachoeiro de Itapemirim (ES), Cajazeiras (PB), Camaçari (BA), Conde (PB), Feira de Santana (BA), Ferraz de Vasconcelos (SP), Guanambi (BA), Guarabira (PB), Igarassu (PE), Itapecuru Mirim (MA), João Pessoa (PB), Linhares (ES), Macapá (AP), Maceió (AL), Mamanguape (PB), Mata de São João (BA), Monteiro (PB), Novo Hamburgo (RS), Olinda (PE), Paço do Lumiar (MA), Patos (PB), Paulista (PE), Pesqueira (PE), Princesa Isabel (PB), Queimadas (PB), Salgueiro (PE), Salvador (BA), Santana (AP), São Cristóvão (SE), São Luís (MA), Serra Talhada (PE), Simões Filho (BA), Sousa (PB), Timon (MA), Vargem Grande (MA), Vitória (ES) e Vitória da Conquista (BA).

Confira, a seguir, o depoimento de algumas das formadoras que participaram do evento.

Luziane Araújo, formadora de São Luís (MA)

“Este está sendo um encontro de partilha. Quando encontramos outros municípios, vemos que há uma unidade no que estamos fazendo. Eu fiquei encantada com a visita à escola, como o aluno é protagonista do processo de ensino-aprendizagem, como as crianças são respeitadas, como todos os alunos são considerados em sala de aula. Não foi uma aula complexa, foi simples, mas engajou todos os estudantes e nos mostrou, na prática, como uma rotina pode ser implementada de forma articulada, uniforme e bem leve. Vi também que a maior parte do tempo da diretora é investido no pedagógico. Foi o momento de perceber também que o que os formadores do EpV levam para nós, em São Luís, acontece, é real. E ficamos encantados.”

Luziane Araújo,
formadora de São Luís (MA)


Gislene Nara, formadora de Cachoeiro de Itapemirim (ES)

“Eu tenho 33 anos de sala de alfabetização. Neste tempo, eu passei por muitas formações, do governo federal, do meu estado, do município. Eu percebi que muitas vezes oferecer um conteúdo muito rebuscado para o professor, não chegava até a criança. O EpV, pra mim, trouxe o frescor de encontrar esse professor e ressignificar o que ele já sabe, potencializar. E quando participei das primeiras formações do programa eu lembrei muito de Paulo Freire quando ele fala que, primeiro tenho que chegar ao outro com o conhecimento que ele tem para dialogar com ele. E eu vi que as formações anteriores, foram um monólogo, falavam muito bonito com muitas teorias, mas que não dialogavam com a prática do professor e não chegava na ponta. E o EpV fala para o professor ‘isso que você já faz também é importante, mas podemos fazer também de outras formas’. Isso dá um empoderamento ao professor, porque é ele quem está com as crianças.”

Gislene Nara,
formadora de Cachoeiro de Itapemirim (ES).


Milena Marques, formadora de Cabaceiras (PB)

“Esses dias têm sido enriquecedores para mim, que sou articuladora do município e também formadora. Nós temos visto transparência no trabalho que é desenvolvido em Sobral. Visitamos a escola Padre Osvaldo e vimos uma gestão compromissada, com responsabilidade, que busca o engajamento de todos da escola pela aprendizagem das crianças. Observamos na formação e na prática a questão da rotina. Que cada detalhe, do planejamento, à rotina, passando pela proposta curricular faz a diferença. Vimos também o quanto é importante pensar uma aula que seja para todas as crianças, levando em conta as diversidades e a equidade, e tudo isso eu vou levar para compartilhar com o meu município.”

Milena Marques, formadora de Cabaceiras (PB)


Sobre o Educar pra Valer

O Programa Educar pra Valer, da Associação Bem Comum, tem o objetivo de prestar assessoria técnica gratuita aos municípios parceiros para apoiá-los na implementação de boas práticas de gestão. A iniciativa conta com o apoio da Fundação Lemann, Instituto Natural e B3 Social e foi elaborada a partir da experiência de sucesso da reforma educacional ocorrida há quase 20 anos no município de Sobral (CE) e no Programa Alfabetização na Idade Certa, do Governo do Ceará.

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Modelo educacional de Sobral será utilizado como referência na educação do Chile

O modelo educacional de Sobral, reconhecido nacional e internacionalmente pelos bons resultados alcançados ao longo dos últimos 25 anos, foi apresentado nesta quarta-feira (19/07), durante encontro realizado pela Fundação Desafío Levantemos Chile. O evento contou com a participação do secretário da Educação de Sobral, Herbert Lima.

Saiba mais aqui!

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ABC participa de encontro de lançamento de pesquisa sobre alfabetização no MEC

A Associação Bem Comum participou, na quarta-feira (22/03), do encontro “Alfabetiza Brasil: diretrizes para uma política nacional de alfabetização das crianças”, realizado em Brasília-DF. Promovido pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o evento compõe as iniciativas para construção da nova política de alfabetização no Brasil.

Na ocasião, foi anunciada a realização de uma pesquisa nacional, que iniciará com uma consulta junto às professoras alfabetizadoras, para compreender os conhecimentos e as habilidades de uma criança alfabetizada ao final do 2º ano do Ensino Fundamental, além de subsidiar, com parâmetros técnicos claros, o planejamento e a execução de uma política nacional de alfabetização. 

O MEC está ouvindo a comunidade escolar e a sociedade civil organizada para que todos juntos definam os melhores caminhos para alfabetizar as crianças brasileiras e assim diminuir o déficit educacional no ensino público brasileiro. “Nós não precisamos inventar a roda. Nós temos experiências exitosas em vários estados, em vários municípios deste País. Nós precisamos transformá-las em políticas nacionais e o papel do MEC é coordenador, é induzir essa política”, afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana. 

Representaram a ABC no encontro, a diretora do programa Educar pra Valer (EpV), Márcia Campos; a diretora da Parceria pela Alfabetização em Regime de Colaboração (Parc), Conceição Ávila; e o coordenador de avaliação da Parc, Hylo Leal. 

Para a diretora do EpV, Márcia Campos, a iniciativa do Ministério da Educação foi muito acertada. “Esse formato de pesquisa nacional consultando os professores especialistas,  além de valorizar quem está na sala de aula,  irá coletar informações sobre competências da criança alfabetizada em uma diversidade de contextos territoriais brasileiros. Ao serem analisados, irão compor evidências que fundamentarão a estruturação de uma matriz de alfabetização comum para o país”, avaliou 

PESQUISA

Para a realização da pesquisa foram selecionados 291 municípios brasileiros com os melhores resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A aplicação do levantamento será feita, de 15 a 23 de abril, com 341 professores que são reconhecidamente bons alfabetizadores, representantes de secretarias municipais de educação de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. A aplicação da pesquisa será concentrada em cinco capitais-sede, sendo uma por região: Belém (PA); Recife (PE); Brasília (DF); São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS).   

Saiba mais: https://www.gov.br/mec/pt-br/assuntos/noticias/mec-escutara-professores-sobre-alfabetizacao-de-criancas

Assista a reportagem: https://youtu.be/5zy5zkZC-0c

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Lançado Programa Alfabetiza Pará

Programa foi apresentado a prefeitos e secretários de educação dos 144 municípios paraenses

O Governo do Estado do Pará lançou o “Alfabetiza Pará”, um pacto de alfabetização com os 144 municípios do Estado para garantir maior assistência para essa que é a etapa mais importante para o desenvolvimento dos alunos. O programa em regime de colaboração prevê apoio técnico-financeiro para municípios, escolas e concessão de bolsas para capacitação de profissionais alfabetizadores.

“O que estamos construindo hoje não é um programa, nem um projeto, nós estamos construindo um movimento. E esse movimento só será efetivo e terá eficácia se for capaz de escutar as forças do governo federal, estadual e a mobilização e a força de cada município com cada cidadão em favor da alfabetização paraense e do seu povo”, afirmou o governador do Pará, Helder Barbalho.

O “Alfabetiza Pará” é um programa em regime de colaboração do Governo do Estado do Pará e da Secretaria de Estado de Educação que auxilia os municípios no desenvolvimento dos alunos dos anos iniciais (1º ao 5º ano) durante o período de alfabetização. A proposta é disponibilizar recursos, ferramentas pedagógicas e avaliativas para que as cidades melhorem o ensino ofertado nas redes municipais e estadual, atendendo, inclusive, aos requisitos do ICMS Educacional, aprovado na Assembleia Legislativa do Pará em 2022.

“Nós estaremos atrelando os investimentos do Governo do Estado, os convênios que fazemos com todas as cidades, ao compromisso de cada gestor municipal em melhorar o IDEB, em investir e priorizar a educação, para que consigamos, com isso, convergir, por um lado, infraestrutura, investimentos, mas acima de tudo compreender de que a educação do Pará precisa ser a melhor do Brasil”, finalizou o governador.

A Secretaria de Estado de Educação do Pará está estruturando um projeto de lei que engloba os eixos temáticos e ações do Programa Alfabetiza Pará. O projeto de lei, que será enviado para a Alepa nos próximos dias, formaliza o programa em regime de colaboração e prevê bolsa para reforçar a atuação dos profissionais alfabetizadores frente aos recursos, especificidades e materiais didáticos disponibilizados pela iniciativa. Ainda estabelece premiação para escolas com os maiores resultados e para as menores uma contribuição financeira.

A solenidade contou com a presença do governador Helder Barbalho, da secretária-executiva do Ministério da Educação, Izolda Cela, do secretário de Educação do Pará, Rossieli Soares, de prefeitos e secretários municipais dos 144 municípios paraenses, de deputados estaduais e federais, de representantes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), de gestores escolares, professores, coordenadores e da equipe técnica das redes públicas de ensino.

Leia o texto completo aqui.
Assista a reportagem aqui.

Fonte: Agência Pará

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ABC seleciona empresa para desenvolver Dashboard de Business Intelligence

A Associação Bem Comum (ABC) publicou um termo de referência para seleção de uma empresa especializada em desenvolvimento de sistemas para ambiente web e dispositivos móveis para construção de um Dashboard de Business Intelligence (BI). 

O painel de dados irá apoiar as atividades dos colaboradores da ABC no monitoramento dos principais indicadores educacionais dos estados e municípios, orientando a tomada de decisões. 

A empresa deverá prestar o serviço de desenvolvimento, implantação, transferência tecnológica e manutenção de ferramenta de um dashboard BI. O termo de referência especifica os principais indicadores, requisitos e funcionalidades previstas para o painel de dados. O prazo para envio de propostas é até o dia 21 de janeiro de 2023.

Confira abaixo.

Termo de Referência 

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Maranhão avança no fortalecimento do regime de colaboração com seus municípios

Dando mais um passo para fortalecer o regime de colaboração com os municípios maranhenses, o Governo do Estado do Maranhão realizou, no dia 22 de novembro, em São Luís, o “Encontro da educação com prefeitos e prefeitas: juntos pela alfabetização das crianças”. O objetivo é apoiar as redes municipais de ensino na implementação de ações para a melhoria da qualidade da educação. 

Na ocasião, o governador Carlos Brandão assinou o decreto que regulamenta o Sistema Estadual de Avaliação do Maranhão (Seama) e o decreto que institui o selo “Prefeito(a) da Educação”. A iniciativa irá reconhecer prefeitos que desenvolverem trabalhos exitosos na área da educação, para promoção da aprendizagem e redução das desigualdades no Maranhão. 

Estas iniciativas se somam aos esforços já realizados pelo Governo para consolidar o Pacto pela Aprendizagem e cumprir a Agenda de Compromissos pela Alfabetização, que recebe o apoio da Parceria pela Alfabetização em Regime de Colaboração (Parc), fruto de uma aliança entre a Associação Bem Comum, a Fundação Lemann e o Instituto Natura. O estado recebe suporte técnico para que, em regime de colaboração com os municípios, desenvolva políticas estruturantes que priorizam a alfabetização das crianças.

Reconhecimento

Durante o evento, foi realizada a solenidade de entrega do “Prêmio Escola Digna”, para 18 escolas municipais com os melhores resultados de aprendizagem dos estudantes no 2º, 5º e 9º anos do Ensino Fundamental, de acordo com dados do Seama 2021. O estado tem mais de 9 mil escolas municipais nos 217 municípios.

Para o governador Carlos Brandão, “é muito importante que a gente premie as escolas como estímulo para que cada uma das escolas passe a concorrer, cumprir metas para chegar a este momento importante, que é um dia de hoje receber sua premiação. É um orgulho para o professor, é um orgulho para o gestor, é um orgulho para o Governo do Estado, para os prefeitos saber que a sua escola está sendo premiada”. 

Metade dos prêmios foram conquistados por escolas de três municípios apoiados pela Associação Bem Comum, por meio do Programa Educar pra Valer (EpV): Timon, com seis prêmios; São José de Ribamar com duas escolas premiadas; e Vargem Grande com uma escola premiada.

“Eu quero parabenizar Timon, que ganhou vários prêmios com escolas que mostraram que é possível avançar. O que a gente viu aqui hoje com Timon a gente quer para outras escolas e para outros municípios”, disse o governador do Maranhão.

Instituído pela lei nº 11.515, de 29 de julho de 2021, o Prêmio Escola Pública tem como objetivos estimular o desenvolvimento da excelência, da equidade e da qualidade social dos sistemas públicos de ensino no Estado; valorizar a gestão educacional com foco na melhoria da aprendizagem dos estudantes; mobilizar a comunidade escolar para implementação de ações didático-pedagógicas; entre outros. 

As escolas premiadas recebem auxílio financeiro de R$ 40 mil a R$ 60 mil, de acordo com o número de estudantes avaliados. Em contrapartida, as escolas premiadas deverão apoiar as unidades educacionais que obtiverem os menores desempenhos do estado, de acordo com a avaliação do Seama.

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Princesa Isabel (PB) homenageia professores e celebra resultados de aprendizagem dos estudantes

Para homenagear os professores pela dedicação e resultados alcançados na educação do município, a Prefeitura de Princesa Isabel-PB realizou, no dia 21 de outubro, o Oscar da Educação que comemorou também o Dia dos Professores. A festa de gala reuniu professores e servidores da Secretaria da Educação, e contou com a participação do prefeito Ricardo Pereira; do vice-prefeito José Casusa; da coordenadora regional do Educar pra Valer, Aparecida Lima, e do coordenador de comunicação da Associação Bem Comum, José Paulo de Araújo, o analista de Alfabetização da Fundação Lemann, Matheus Sena; de vereadores e de secretários municipais.

“É um momento importante para a nossa educação, pois atingimos o primeiro lugar do Ideb, no estado da Paraíba. São 223 municípios e hoje nós temos orgulho de dizermos que somos o primeiro lugar nas séries iniciais e o quarto lugar nas séries finais. E somos o primeiro lugar no Brasil dos 48 municípios avaliados pela Fundação Lemann, [no âmbito do Programa Educar pra Valer, da Associação Bem Comum]. É um momento de gratidão a toda a equipe de governo e a todos que fazem a nossa educação”, disse o prefeito da Princesa Isabel, Ricardo Pereira. 

Além das homenagens e troféus, foram premiados professores do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental, que receberam bônus em dinheiro, nos valores de R$10 mil e R$2 mil, além dos demais funcionários das escolas que receberam mil reais. As escolas com os melhores resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) também receberam premiação de R$15 mil, R$12 mil e R$10 mil, que deverão ser investidos em melhorias na própria escola.

Educar pra Valer

Princesa Isabel é um dos 48 municípios que fazem parte do Programa Educar pra Valer, desenvolvido pela Associação Bem Comum (ABC) em parceria com a Fundação Lemann. Os municípios recebem assessoria técnica gratuita e apoio na implementação de boas práticas pedagógicas e de gestão escolar para melhorar o rendimento e o desempenho dos estudantes. A atuação do programa consiste na promoção de cinco eixos básicos: gestão da rede, gestão pedagógica, formação, acompanhamento e sustentabilidade. 

Confira como foi a festa no vídeo: https://fb.watch/gmKZRpBDYE/

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Regime de colaboração no Ceará: funcionamento, causas do sucesso e alternativas de disseminação do modelo

Pesquisa analisa a trajetória, funcionamento e resultados do Regime de Colaboração cearense, buscando, ademais, entender as causas do desempenho bem-sucedido em termos de cooperação federativa e melhoria da Educação.

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Políticas públicas na América Latina: conceitos e práticas

No primeiro capítulo do livro, intitulado “Políticas públicas para a promoção de direitos humanos: uma análise das ações para a educação básica no Brasil”, as autoras Hannah Guimarães Barbosa e Suely Salgueiro Chacon partem de um questionamento amplo: as políticas públicas para promoção da educação no Brasil estão contribuindo para a ampliação do acesso aos direitos fundamentais e garantindo que o processo de desenvolvimento resulte em liberdade e dignidade para toda a sociedade? Para aprofundar a reflexão em torno dessa questão, o objetivo principal proposto aqui foi o de analisar o processo histórico que resultou no modelo de Educação Básica no Brasil a partir do século XX.

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Estados com regime de colaboração com municípios, para alfabetização, apresentam menores perdas no SAEB 2021

 

Análise de dados mostra a importância da parceria entre estados e municípios para a mitigação das perdas e recomposição das aprendizagens dos estudantes após a pandemia 

 

Alguns estados sentiram menos o impacto da pandemia em seus resultados de alfabetização. É o que aponta uma análise dos resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021, divulgados na última sexta-feira (16) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Alagoas, Amapá, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Goiás integram a Parceria pela Alfabetização em Regime de Colaboração (PARC), que tem como principal estratégia o trabalho em parceria entre Estados e municípios para alcançar o objetivo de alfabetizar todas as crianças na idade certa.   

 

A PARC é fruto de uma aliança entre a Associação Bem Comum, a Fundação Lemann e o Instituto Natura e oferece suporte técnico aos governos estaduais para que, em regime de colaboração com os municípios, desenvolvam políticas estruturantes que priorizam a alfabetização das crianças.  

 

Nestes estados, os dados apontam que a queda foi de 9,8 pontos percentuais (p.p.) nos territórios que iniciaram a parceria em 2019; e 10 p.p. nos que iniciaram em 2020. Nos demais estados brasileiros, a redução foi de 19,4 p.p.; a média Brasil ficou em 18 p.p. Foram analisados os dados do Saeb de Língua Portuguesa das redes públicas municipais e estaduais. 

 

 

“Analisamos os dados com cautela e o que eles indicam é que o regime de colaboração, com foco em políticas e programas focados em alfabetização, pode ter ajudado a conter os efeitos da pandemia e pode ser determinante para melhorar os índices de alfabetização na idade certa do país”, afirma Maria Slemenson, líder de Políticas Públicas do Instituto Natura. 

 

Dentre as estratégias adotadas pelos estados PARC que podem ser destacadas como suporte de ações realizadas para a mitigação dos efeitos da suspensão das aulas, estão, além do regime de colaboração, a formação contínua de professores e gestores do território; a garantia de materiais didáticos estruturados complementares e a promoção de uma cultura de avaliação, com checagens anuais de desempenho dos estudantes, além do monitoramento constante da implementação das ações. 

 

Para Daniel de Bonis, diretor de Conhecimento, Dados e Pesquisa da Fundação Lemann, “em todo o mundo, as quedas de aprendizado mais expressivas se deram entre os alunos mais novos, em especial na fase de alfabetização. O lado bom é que sabemos que, com as estratégias corretas, é possível mitigar essas perdas e recuperar o desempenho num tempo relativamente curto. Essa preocupação precisa estar no topo das prioridades de todos os governos que iniciarão ano que vem”. Ele ainda destaca que esses números são uma fotografia de um momento muito particular da educação brasileira, por isso devem ser avaliados cuidadosamente. “A pandemia afetou muito as redes, tanto do ponto administrativo como pedagógico. Os calendários foram alterados, e as prioridades curriculares mudaram, para não falar no retorno desigual ao ensino presencial. Por isso a sua interpretação deve levar em conta as particularidades de cada território”, explica. 

 

Brasil 

Os dados do Saeb 2021 formam o primeiro diagnóstico oficial, de abrangência nacional, sobre a situação da alfabetização após a pandemia. Os percentuais de alunos nos níveis mais altos na escala do SAEB no 2º ano em Língua Portuguesa caíram 18 pontos, de 49% para 31%, entre 2019 e 2021. 

 

“Esse é um desafio histórico na Educação brasileira. Não ser alfabetizado prejudica toda a trajetória escolar do aluno. Tendo em vista que um ciclo de alfabetização completo leva dois anos, há uma geração inteira de crianças prejudicadas por tanto tempo de escolas fechadas. Por isso, é fundamental que todos, sociedade, educadores e governantes, estejam atentos a essa questão. Isso deve impor às lideranças e gestores públicos, privados e sociais saírem da indiferença, uma das causas centrais desta tragédia brasileira, e liderarem um compromisso social pela alfabetização na idade certa de todas as crianças, meninos e meninas, como prioridade fundamental do país. Lembremos que o ser humano só faz 7 anos uma vez na vida. Não podemos deixar para amanhã o que precisava ter sido feito ontem”, afirma Veveu Arruda, diretor executivo da Associação Bem Comum. 

 

O que é a PARC 

Criada em 2019, a PARC é uma iniciativa entre a Associação Bem Comum, a Fundação Lemann e o Instituto Natura que tem como objetivo a alfabetização de todas as crianças na idade certa (2º ano do ensino fundamental). Por meio de estratégias sistêmicas que viabilizam o regime de colaboração de estados e municípios, os estados PARC contam com o engajamento dos governadores, prefeitos, secretarias estaduais e municipais de educação, garantindo sua continuidade independentemente da alternância de governantes. Atualmente, a PARC atende a 11 estados (AP, ES, PE, SE, AL, MA, PI, MT, MS, GO e RS), alcançando mais de 1,2 milhão de estudantes. Saiba mais no site. 

 

Sobre o Instituto Natura 

Criado em 2010, o Instituto Natura é uma entidade social da Natura que tem o propósito de ampliar os investimentos em educação realizados pela empresa. A instituição apoia políticas públicas relacionadas à alfabetização e ao Ensino Médio, realizando iniciativas voltadas para a articulação do terceiro setor educacional e para o desenvolvimento das Consultoras de Beleza Natura. O investimento acontece por meio da venda dos produtos da linha Crer Para Ver, comercializada pelas Consultoras de Beleza Natura, sem lucro. Atualmente, o Instituto Natura atua em 21 estados, com iniciativas que envolvem mais de 2,5 milhão de crianças e jovens por ano. 

 

Sobre a Fundação Lemann 

A Fundação Lemann acredita que um Brasil feito por todos e para todos é um Brasil que acredita no seu maior potencial: gente. Isso só acontece com educação de qualidade e com o apoio a pessoas que querem resolver os grandes desafios sociais do país. Nós realizamos projetos ao lado de professores, gestores escolares, secretarias de educação e governos por uma aprendizagem de qualidade. Também apoiamos centenas de talentos, lideranças e organizações que trabalham pela transformação social. Tudo para ajudar a construir um país mais justo, inclusivo e avançado.  

 

Sobre a Associação Bem Comum 

A Associação Bem Comum (ABC), fundada em 2018, é uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, constituída sob a forma de associação civil, de caráter educacional, que tem como objetivo, dentre outros, contribuir para elaborar e/ou executar políticas públicas em áreas que promovam o desenvolvimento humano integral nos aspectos da educação. É formada por experientes profissionais da gestão pública. É a instituição executora do Programa Educar pra Valer (EpV) e da Parceria pela Alfabetização em Regime em Colaboração (PARC).