


A Associação Bem Comum apresenta o guia “Práticas Antirracistas na sala de aula”, um recurso desenvolvido para promover a equidade racial no ambiente escolar. Este documento é resultado de um curso de formação em Educação para Relações Étnico-Raciais (ERER), ministrado pela Associação Nova Escola com a participação de colaboradores e consultores da Bem Comum e Lyceum Consultoria.
Com foco principal em professores, professoras e na comunidade escolar, a publicação visa ser uma ferramenta essencial para orientar a implementação de práticas educativas antirracistas. O guia destaca a importância da escola como um espaço de transformação social, capaz de fomentar mudanças significativas e combater o racismo estrutural presente na sociedade.
Composto por 12 capítulos, a publicação aborda uma ampla gama de tópicos, incluindo a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, além de oferecer sugestões práticas para a inclusão de atividades anti racistas no ambiente escolar. A apresentação enfatiza a necessidade de reinterpretação da história brasileira, valorizando as culturas afro-brasileiras e indígenas, com o objetivo de garantir um espaço escolar mais inclusivo e acolhedor.
O documento não só propõe um aprofundamento em atitudes e práticas antirracistas, mas também sugere uma diretriz para a avaliação de materiais didáticos, garantindo que o conteúdo utilizado nas escolas esteja alinhado com os princípios de uma educação inclusiva. “Quanto mais cedo os educadores garantirem um ambiente que valorize a diversidade, maiores serão as chances de reverter a situação atual de preconceito”, consta na publicação.
O guia também discute o conceito de letramento racial, ressaltando a importância de desconstruir atitudes, discursos, condutas e estruturas racistas. A professora Vânny Rodrigues, diretora adjunta da frente estadual da Associação Bem Comum, destaca: “Esse guia tem uma importância fundamental, pois traz um escopo teórico e prático sobre o letramento racial. O curso proporcionou uma visão mais ampla, mostrando a necessidade de direcionar práticas antirracistas não apenas dentro da sala de aula, mas em toda a escola e para além desses espaços. Ele serve como apoio para quem está no ambiente escolar, ajudando a mediar práticas e orientando um olhar mais atento. É um produto feito com a colaboração de muitas mãos, e acreditamos que é apenas o começo, um ponto de partida para uma educação mais equitativa e transformadora”, comemora ela.
Com o lançamento do guia “Práticas Antirracistas na sala de aula”, a Bem Comum espera subsidiar sua atuação e servir como um apoio fundamental para o trabalho em territórios parceiros, promovendo uma educação que favoreça práticas afirmativas e destaque a potencialidade das culturas negras, africanas, afro-brasileiras e dos povos originários.
A instituição acredita firmemente no poder da educação como promotora de mudanças e transformadora de realidades, convidando todos a terem uma conduta de oposição ativa ao racismo com práticas afirmativas, potentes e quotidianas.
Acesse o Guia completo aqui.

Em um momento histórico para a educação brasileira, líderes do governo federal, estadual, municipal e o ministro da educação reuniram-se para reafirmar um compromisso vital: alcançar altos índices de alfabetização entre as crianças brasileiras. O presidente da República enfatizou a importância de um esforço conjunto para atingir a meta de 80% das crianças alfabetizadas na idade certa, destacando que, embora seja uma conquista significativa, o ideal é que todas as crianças sejam alfabetizadas.
O evento visa assegurar que todos os estudantes estejam alfabetizados até o final do 2º ano do ensino fundamental. “Não queremos só metade, queremos 100% das crianças alfabetizadas na idade certa”, enfatizou Camilo Santana, Ministro da Educação. Ele ressaltou que o compromisso assumido não se trata apenas de um acordo federativo, mas de um legado educacional para as futuras gerações.
A visão compartilhada entre os líderes presentes é que o impacto positivo dessa política se estenderá por todos os ciclos escolares, promovendo um aumento na qualidade da educação em todo o Brasil. “Se alcançarmos mais de 80% das crianças alfabetizadas até 2030, será um dos maiores legados que deixaremos para o futuro do nosso país”, destacou Camilo Santana.
Para os próximos anos, estão previstas metas nacionais de alfabetização, com reconhecimento das boas práticas das secretarias de educação através do Selo Compromisso com a Alfabetização e premiações para redes públicas que alcançarem as metas estipuladas.
Este compromisso nacional não é apenas uma meta educacional, mas um passo significativo para transformar a realidade da educação no Brasil. A união de esforços entre governos estadual e federal reflete o comprometimento comum de assegurar um futuro melhor para todas as crianças brasileiras através da educação de qualidade.
Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Básica (SEB) e do Inep
Campanha Censo Escolar 2024


No dia 29 de maio, o MEC, através do INEP, iniciou a primeira etapa de coleta de dados do Censo Escolar 2024. Os responsáveis pelas escolas e redes de ensino devem declarar os dados no Sistema Educacenso até 31 de julho.
A Associação Bem Comum acredita que um dado de extrema relevância para a criação e execução de políticas públicas eficazes e equitativas é a identificação étnico-racial. A identificação da raça/etnia dos estudantes é, na maioria das vezes, esquecida ou incorretamente informada pelos pais ou responsáveis por inúmeros motivos. Conhecer a realidade étnico-racial das nossas crianças é essencial para um acompanhamento preciso dos indicadores educacionais, dentre eles, o índice de crianças alfabetizadas e as distorções entre os alunos de diferentes raças e etnias.
Por isso, a Bem Comum propõe aos nossos territórios parceiros – Estados e Municípios – a execução de uma campanha com o foco de aumentar a identificação étnico-racial no Censo Escolar 2024.
A Bem Comum preparou peças publicitárias direcionadas aos pais e responsáveis para que busquem a Secretaria Escolar e realizem a atualização dos dados informados no momento da matrícula, com foco na identificação da raça/cor dos estudantes.
Antes da execução da campanha, o território deve verificar como está sendo feita a atualização do Censo Escolar no seu estado/município, em especial, se o sistema da escola/município/estado estará aberto para esta atualização de dados.
Além disso, toda a rede deve ser informada sobre esta campanha e sobre o prazo do Censo Escolar, em especial diretores e secretaria escolar.
Acesse aqui o Guia da Campanha com todos os materiais de divulgação.
Para mais informações:
José Paulo Araújo
josepaulo@abemcomum.org
Carol Avendaño
carolineavendano@abemcomum.org


A Associação Bem Comum, em parceria com a Escola Afro-Brasileira Maria Felipa, realizou na última terça-feira (11/06) uma Formação em Educação para as Relações Étnico-Raciais, reunindo representações do Governo do Estado da Bahia e de nove municípios baianos, em Salvador. Este evento teve como foco o enfrentamento ao racismo e a garantia do direito à aprendizagem, destacando o papel fundamental dos agentes públicos educacionais em fomentar uma educação antirracista e inclusiva.
Os municípios que participaram da formação foram: Salvador, Feira de Santana, Alagoinhas, Camaçari, Mata de São João, Porto Seguro, Vitória da Conquista, Guanambi e Simões Filho. O evento também contou com a presença de representantes da Lyceum Consultoria Educacional, Associação Nova Escola e Motriz.
A secretária de Educação de Camaçari, Neurilene Martins, destacou as ações inclusivas que vêm sendo implementadas na Rede Pública Municipal. “Esse é um movimento que perpassa pela formação do professor, pela revisão do referencial curricular, pela concepção de sequências didáticas pautadas na equidade, na empatia, na diversidade. Estamos vivenciando essas práticas no nosso município e participar dessa formação nos inspira a seguir ofertando educação pública com propósito social”, afirmou Martins.
Reflexões e Práticas Antirracistas
O evento contou com uma palestra da professora doutora Bárbara Carine Pinheiro, sócia-fundadora da Escola Afro-Brasileira Maria Felipa, a primeira instituição de ensino registrada como afro-brasileira no país. Pinheiro compartilhou sua experiência na implementação de uma pedagogia afro-brasileira, abordando tanto aspectos teóricos quanto práticos da educação antirracista. “Falamos de teoria e de prática, de pensar e repensar a escola, de aspectos conceituais da perspectiva antirracista, das experiências como professora e como idealizadora de uma escola afro-brasileira e sua pedagogia”, resumiu.
Fortalecendo as Políticas Antirracistas
João Pedro Martins, assessor da Diretoria de Coordenação Executiva da Bem Comum, enfatizou a importância das reflexões propostas no encontro para fortalecer as políticas antirracistas. “Através dessa formação e dessa parceria, outros municípios vão conhecer mais sobre essa experiência voltada para o fortalecimento das relações étnico-raciais, da autoestima da população negra e da garantia das aprendizagens dos seus estudantes. É uma oportunidade de aprofundar essa discussão e essas práticas”, explicou Martins. Ele reforçou o compromisso da organização em liderar e promover iniciativas que transformem a educação em uma ferramenta de igualdade e justiça social.
Compartilhamento de Experiências
A programação também incluiu um espaço significativo para o compartilhamento de experiências entre os municípios presentes. Eliene Marcia Fernandes, superintendente de Ensino e Apoio Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação de Guanambi, destacou a importância dessas trocas. “É essencial que a temática das relações étnico-raciais esteja presente na escola e estar aqui integrando esse debate agrega experiências que vão se desdobrar em novas ações de promoção da equidade no nosso município”, observou Fernandes.
Iniciativas em Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER)
Confira a relação das iniciativas em Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER) apresentadas por cada município:
- Secretaria de Educação do Estado do Bahia: Edital Makota Valdina
- Alagoinhas: Caderno de Orientações Pedagógicas para Educação Antirracista
- Camaçari: Implementação da Coordenadoria de Inclusão Educacional e do Núcleo de Educação para as Relações Étnico-Raciais
- Guanambi: Construção dos referenciais para educação étnico-racial dialogando com as comunidades quilombolas
- Mata de São João: Feira de Matemática Etnomatemática e seus caminhos e formação de gestores escolares em ERER
- Porto Seguro: As ações do setor da Educação das Relações Étnico-Raciais
- Simões Filho: Projetos pedagógicos voltados para a diversidade étnico-racial das comunidades
- Vitória da Conquista: Criação da equipe de Educação de Jovens e Adultos e Diversidade
- Feira de Santana: Encontros Municipais de Educação para as Relações Étnico-Raciais
- Salvador: Projeto Salvador de Arte, Educação e Cultura Negra – Mostra Criativa
A Associação Bem Comum continua comprometida com a promoção de uma educação equitativa e inclusiva, inspirando e capacitando educadores a implementar práticas antirracistas em suas comunidades. Eventos como este são fundamentais para construir um futuro onde todas as crianças tenham acesso a uma educação de qualidade, livre de discriminação e cheia de oportunidades.
Com informações da Assessoria de Comunicação de Camaçari.


Na terça-feira (07/05), ocorreu o Seminário Regional Educar para Valer 2024 no hotel Luzeiro, na cidade de Recife (PE). O evento, realizado pela Associação Bem Comum, contou com a presença de representantes dos estados de Pernambuco e Alagoas, como prefeitos, secretários de Educação, Finanças, articuladores locais, diretores de ensino e coordenadores da equipe de acompanhamento escolar, além de representantes do Programa Estadual de Alfabetização.
Segundo o secretário de Educação de Pesqueira, Danilo Ramon, “o seminário foi um momento muito rico pela troca de experiências, de aprendizados. Saio daqui com a certeza de que hoje tivemos muitos avanços com as contribuições de cada cidade. Então, muito obrigado por proporcionar este dia e espero que venham muito mais momentos ricos como este”, comemorou o gestor.
Ao longo do dia, cada município pode esclarecer dúvidas e promover reflexões a partir de uma galeria de evidências expostas nas paredes do ambiente.Também aconteceram rodas de conversa sobre finanças públicas e planos para alcançar os resultados de aprendizagem desejados para 2024.
por Talita Castro (Ascom Igarassu/PE)

Confira quem são os professores-autores responsáveis pela elaboração do novo Material Didático Complementar do Estado.
A Secretaria de Educação do Estado do Tocantins divulgou, na última quarta-feira (08/05), o resultado do processo de seleção de professores das redes públicas municipais e estadual para compor o Time de Autores do novo material didático complementar do Programa Alfabetiza Mais Tocantins. Esta iniciativa é resultado de uma parceria entre as Associações Bem Comum e Nova Escola.
O grupo será responsável por produzir material didático complementar de alfabetização, direcionado ao 1º e 2º ano dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e chegará às escolas para o ano letivo de 2025.
As inscrições para o processo seletivo para as treze vagas disponíveis começaram no dia 11 de março de 2024 e se estenderam até 07 de abril de 2024. Foram 268 docentes tocantinenses inscritos, dos quais 32 avançaram para a fase de entrevistas com a equipe da Seduc (TO) e Associação Nova Escola.
Para participar era necessário ter experiência comprovada de, ao menos, três anos em alfabetização (1º e 2º anos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental), ter vínculo empregatício com as redes municipais de ensino ou com a rede estadual e já ter participado de formações sobre o Documento Curricular Referencial do Tocantins ou sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Abaixo, indicamos o nome e a Superintendência Regional de Educação de cada professora selecionada, de acordo com as especificações do edital:
- Adriana de Lourdes Sampaio de Oliveira – Paraíso do Tocantins
- Ângela Cristina Cardoso Barros Carlotto – Gurupi
- Aurisneide Marques chaves – Araguatins
- Eliane Fátima Soares de Jesus – Arraias
- Fabiana Fonseca Morais Dias dos Santos – Paraíso do Tocantins
- Fabiane Carneiro Saraiva Chaves – Tocantinópolis
- Josélia Sampaio de Sousa – Araguaína
- Maria Araújo de Sousa – Palmas
- Meires Nete Ferreira Lima Madalena – Araguatins
- Paula Cristina de Carvalho Gonçalves – Palmas
- Renata Pereira de Sousa Oliveira – Araguatins
- Sirleide Lopes Martins Dantas – Araguatins
- Suely Batista dos Santos Queiroz – Araguaína
Imagem: Associação Nova Escola


Uma delegação composta por representantes de diversos municípios do Paraná embarcou em uma jornada de aprendizado e colaboração ao visitar a cidade de Sobral, no estado do Ceará.
O evento, organizado pela Secretaria da Educação do Paraná em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-PR) e apoiado pela Associação Bem Comum, teve lugar no Hotel Diogo em Fortaleza e marcou o início de uma iniciativa voltada para a troca de experiências com o reconhecido modelo educacional de Sobral.
A solenidade de abertura foi enriquecida com a presença e discursos de importantes líderes educacionais, incluindo Veveu Arruda, Diretor Executivo da Bem Comum; Eliane Alves Bernardi Benatto, Coordenadora do Núcleo de Cooperação Pedagógica com Municípios, da Secretaria Estadual de Educação; Edna Maria Capelari, Dirigente municipal de Paraíso do Norte; e Conceição Ávila, Diretora da Parceria pela Alfabetização em Regime de Colaboração (Parc/Bem Comum).
Durante o evento, Conceição Ávila, diretora da PARC, compartilhou informações sobre a Bem Comum e o programa PARC, ressaltando sua importância na promoção da alfabetização. Veveu Arruda trouxe à tona o papel crucial das Secretarias Municipais de Educação na promoção da alfabetização, destacando a necessidade de diretrizes claras, monitoramento sistematizado e mobilização social.
Hylo Leal, coordenador de Avaliação da Bem Comum, ofereceu uma análise detalhada dos resultados de avaliação de fluência do Estado do Paraná, fornecendo valiosos insights para orientar futuras iniciativas no campo da educação. Essa análise contribuiu significativamente para as discussões sobre os desafios e oportunidades enfrentados pelo estado.
Ao longo do evento, a comitiva visitará escolas no intuito de conhecer projetos inovadores e estabelecer diálogos construtivos com os profissionais da educação de Sobral. Essa iniciativa de troca de experiências e colaboração entre os estados reflete o compromisso compartilhado de promover uma educação de qualidade e equidade para todos os alunos. A visita à Sobral representa um passo importante na busca por soluções eficazes para os desafios educacionais enfrentados pelo Paraná e por todo o Brasil.