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Ceará planeja universalizar tempo integral nas escolas públicas

Para discutir iniciativas voltadas ao fortalecimento do Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic) Integral, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, e a secretária de Educação do Ceará, Eliana Estrela, estiveram reunidos, no dia 20 de março, com o diretor-executivo da Associação Bem Comum (ABC), Veveu Arruda, e com representantes dos Institutos Natura, Sonho Grande e Gesto e da Fundação Lemann, no Palácio Abolição em Fortaleza-CE.

Em 2022, foi aprovada a lei complementar nº 297, que amplia o Programa de Aprendizagem na Idade Certa – MAIS PAIC para universalização do ensino fundamental em tempo integral na rede pública de todo o Estado. Os principais objetivos são: contribuir para o avanço da alfabetização na idade certa; apoiar as redes municipais em seus processos educacionais; e ampliar os tempos pedagógicos, os espaços escolares e as oportunidades de aprendizagem.

Os municípios cearenses que aderirem ao Paic Integral irão firmar acordo de cooperação com o Governo do Estado, que dará apoio técnico, pedagógico e financeiro visando universalizar o ensino fundamental em tempo integral nas redes municipais de ensino, buscando a promoção da alfabetização na idade certa, o fortalecimento da aprendizagem com equidade. O novo modelo de tempo integral no Ensino Fundamental será implementado de forma gradual, tendo o 9º ano como prioridade para este ano de 2023.

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Artigo: Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Sistema Escolar

por Rosette Lopes, advogada, membro da Diretoria da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/CE e membro consultivo CEDEF/CE.

No dia 02 de abril é comemorado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo e, este ano, temos como tema “Mais informação, menos preconceito”. Isto nos faz refletir sobre muitos pontos e um deles é a educação. Será que, de fato, incluímos ou apenas integramos nossos alunos autistas?

Em 23 de março de 2023, foi divulgado relatório do Centro de Controle de Prevenção e Doenças (CDC), do governo dos Estados Unidos, o qual é considerado referência mundial sobre prevalência do TEA. De acordo com o documento, estima-se que 1 a cada 36 crianças de até oito anos estão no espectro autista. No Brasil, não temos números oficiais, mas, fazendo a proporção, estima-se que teríamos cerca de 5,95 milhões de autistas.

Diante de tais números fica ainda mais evidenciada a necessidade de se discutir sobre a educação inclusiva.

Sabemos que o processo de aprendizagem é diferente para cada indivíduo, devendo ser respeitadas as peculiaridades e necessidades de cada um. Dessa forma se faz necessário o desenvolvimento e adequação de métodos que tornem a educação acessível.

Segundo FONSECA (2014, p. 18-19), a educação inclusiva é anunciada como a forma mais recomendável de atendimento educacional para os alunos que apresentam Transtorno do Espectro Autista. A inclusão é identificada hoje como o caminho eficiente para a construção da cidadania e da participação social em consonância com a perspectiva da educação para todos e com todos (CNE/CEB Nº 17/2001, MEC).

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI), Estatuto da Pessoa com Deficiência, discorre sobre o tema nos artigos 27 e 28. Vejamos os principais pontos:

Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.

Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:

I – sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida;

II – aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena;

III – projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia;

(…)

V – adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino;

VI – pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas pedagógicas, de materiais didáticos, de equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva;

VII – planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento educacional especializado, de organização de recursos e serviços de acessibilidade e de disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de tecnologia assistiva;

VIII – participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas diversas instâncias de atuação da comunidade escolar;

IX – adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos aspectos linguísticos, culturais, vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades e os interesses do estudante com deficiência;

X – adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação inicial e continuada de professores e oferta de formação continuada para o atendimento educacional especializado;

(…)

XV – acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar;

XVI – acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da educação e demais integrantes da comunidade escolar às edificações, aos ambientes e às atividades concernentes a todas as modalidades, etapas e níveis de ensino;

XVII – oferta de profissionais de apoio escolar;

XVIII – articulação intersetorial na implementação de políticas públicas.

§ 1º Às instituições privadas, de qualquer nível e modalidade de ensino, aplica-se obrigatoriamente o disposto nos incisos I, II, III, V, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do caput deste artigo, sendo vedada a cobrança de valores adicionais de qualquer natureza em suas mensalidades, anuidades e matrículas no cumprimento dessas determinações.

Desde o advento da Lei nº 12.764/2012 (Lei Berenice Piana), a pessoa autista é considerada pessoa com deficiência para todos os fins legais. Sendo portanto amparada por toda legislação que resguarda a pessoa com deficiência.

Importante ressaltar que, o autista apresenta disfunção sensorial, e que alguns ambientes podem gerar incômodo. Sendo a escola um local onde ele passará uma boa parte do seu dia, talvez algumas adaptações sejam necessárias. Mas não são as pessoas com deficiência que se adaptam, e sim a escola que deve se adaptar de acordo com a necessidade do aluno autista.

Outro ponto muito importante é sobre o profissional de apoio, que também está previsto na legislação acima apresentada. A presença desse profissional na sala de aula de acordo com Tatiana Takeda: “Trata-se de profissional necessário em toda sala de aula que contenha uma criança com deficiência, seja na rede pública ou privada. No entanto, há de se deixar claro que não é qualquer criança ou adolescente autista que precisa de um professor de apoio. Há casos em que é dispensável ou mesmo divisível entre alunos de inclusão. Como já aventado no parágrafo único do artigo 3º da Lei do Autista, há de se comprovar a necessidade. Todos os casos são únicos e devem ser analisados sob a ótica da coerência e bom senso. Se a criança não consegue ir ao banheiro ou comer sozinha, evidentemente que precisa de alguém com ela o tempo todo, pois não possui a funcionalidade necessária para auferir “independência” que o preserve de acidentes. Essa criança não pode inclusive dividir um professor de apoio, pois um profissional não pode atender mais de uma ao mesmo tempo. Se dois necessitam, por exemplo, de uma explicação sobre determinado exercício de português que a professora regente passou em sala de aula, dificilmente o professor terá condições de fazê-lo no mesmo espaço de tempo, pois cada um tem um nível de compreensão, bem como de dificuldade de aprendizagem.”

É inaceitável a exclusão de uma criança que apresente dificuldade de aprendizado, estando ela ou não acompanhada por profissional de apoio. A inclusão escolar é benéfica para todos, crianças autistas e crianças consideradas neurotípicas.

O maior inimigo da inclusão, é a desinformação! Vamos lutar contra o capacitismo!

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Biblioteca

Pesquisa “Opiniões e percepções sobre alfabetização”

Realizada pelo Instituto de Pesquisas Datafolha, a pesquisa ouviu 2.459 pais ou responsáveis por crianças de 0 a 7 anos matriculadas em escolas públicas e/ou não matriculadas.

As perguntas abordaram temas como o papel da escola no presente e futuro das crianças; a escola na vida dos pais e responsáveis; processos de alfabetização; participação de pais e responsáveis na educação; atividades fora da escola; participação nas atividades da creche ou escola; entre outros.

De novembro a dezembro de 2021, foram ouvidos pais e responsáveis das regiões metropolitanas e cidades do interior dos estados de Alagoas, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí e Sergipe.

VEJA A PESQUISA AQUI.

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Estados e municípios

Pará

ALFABETIZA PARÁ – PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA

Lançamento do Programa: 11 de fevereiro de 2023
Local: Hangar Centro de Convenções – Auditório Superior

Parceiros Locais: Tribunal de Contas do Estado (TCEPA), Tribunal de Contas dos Municípios do Pará (TCMPA), UNDIME-PA e Federação das Associações de Municípios do Estado do Pará (FAMEP).

Projeto de Lei do Projeto de Lei do Programa Alfabetiza Pará (link para o PDF)
Status: aguardando aprovação na Assembleia Legislativa.

Público impactado pelas ações do programa:

7.572 escolas, 237.793 alunos, 7.572 gestores e 9.862 professores

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Lançado Programa Alfabetiza Pará

Programa foi apresentado a prefeitos e secretários de educação dos 144 municípios paraenses

O Governo do Estado do Pará lançou o “Alfabetiza Pará”, um pacto de alfabetização com os 144 municípios do Estado para garantir maior assistência para essa que é a etapa mais importante para o desenvolvimento dos alunos. O programa em regime de colaboração prevê apoio técnico-financeiro para municípios, escolas e concessão de bolsas para capacitação de profissionais alfabetizadores.

“O que estamos construindo hoje não é um programa, nem um projeto, nós estamos construindo um movimento. E esse movimento só será efetivo e terá eficácia se for capaz de escutar as forças do governo federal, estadual e a mobilização e a força de cada município com cada cidadão em favor da alfabetização paraense e do seu povo”, afirmou o governador do Pará, Helder Barbalho.

O “Alfabetiza Pará” é um programa em regime de colaboração do Governo do Estado do Pará e da Secretaria de Estado de Educação que auxilia os municípios no desenvolvimento dos alunos dos anos iniciais (1º ao 5º ano) durante o período de alfabetização. A proposta é disponibilizar recursos, ferramentas pedagógicas e avaliativas para que as cidades melhorem o ensino ofertado nas redes municipais e estadual, atendendo, inclusive, aos requisitos do ICMS Educacional, aprovado na Assembleia Legislativa do Pará em 2022.

“Nós estaremos atrelando os investimentos do Governo do Estado, os convênios que fazemos com todas as cidades, ao compromisso de cada gestor municipal em melhorar o IDEB, em investir e priorizar a educação, para que consigamos, com isso, convergir, por um lado, infraestrutura, investimentos, mas acima de tudo compreender de que a educação do Pará precisa ser a melhor do Brasil”, finalizou o governador.

A Secretaria de Estado de Educação do Pará está estruturando um projeto de lei que engloba os eixos temáticos e ações do Programa Alfabetiza Pará. O projeto de lei, que será enviado para a Alepa nos próximos dias, formaliza o programa em regime de colaboração e prevê bolsa para reforçar a atuação dos profissionais alfabetizadores frente aos recursos, especificidades e materiais didáticos disponibilizados pela iniciativa. Ainda estabelece premiação para escolas com os maiores resultados e para as menores uma contribuição financeira.

A solenidade contou com a presença do governador Helder Barbalho, da secretária-executiva do Ministério da Educação, Izolda Cela, do secretário de Educação do Pará, Rossieli Soares, de prefeitos e secretários municipais dos 144 municípios paraenses, de deputados estaduais e federais, de representantes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), de gestores escolares, professores, coordenadores e da equipe técnica das redes públicas de ensino.

Leia o texto completo aqui.
Assista a reportagem aqui.

Fonte: Agência Pará

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ABC na mídia Notícias

Estados investem em avaliação de fluência leitora para fortalecer políticas de alfabetização

Avaliação de fluência leitora sendo aplicada com estudante e gravada

Ao longo das últimas décadas, uma imagem se repetiu em reportagens sobre a educação brasileira: crianças e adolescentes com mais de dez anos têm dificuldades para ler e compreender textos simples. As avaliações em larga escala já mapeiam a compreensão da leitura e da escrita dos estudantes e contribuem na criação de políticas que revertam o cenário. Mas outra habilidade vem ganhando espaço e fortalecendo as políticas públicas de alfabetização: a fluência leitora.

Desde 2019, os estados de Amapá, Espírito Santo, Pernambuco e Sergipe atuam em regime de colaboração com seus municípios para avaliar também essa dimensão da linguagem integrando a Parceria pela Alfabetização em Regime de Colaboração (PARC). Nos anos seguintes, Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Goiás e Rio Grande do Sul também passaram a fazer parte do grupo e adotaram a avaliação, e São Paulo aplicou o teste de fluência em 2021 e 2022 com apoio de organizações do terceiro setor.

“A avaliação de fluência avalia a oralidade, que é uma dimensão que acaba secundarizada ou mesmo não sendo vista pelas avaliações tradicionais, que têm como foco a leitura e a escrita”, explica Hylo Leal, coordenador de avaliação da Associação Bem Comum, uma das organizações parceiras na aplicação do teste. A fluência no ciclo de alfabetização é medida pela capacidade de um estudante ler, em um minuto, 65 palavras ou mais de um texto simples com uma taxa de precisão de 90% ou mais. “Esse seria o ideal para uma criança terminar o 2º ano do Ensino Fundamental como leitora fluente”, diz. Quem já lê 11 palavras ou mais e pelo menos 6 pseudopalavras por minuto pode ser considerado leitor iniciante. Quem lê até 10 palavras corretamente é pré-leitor.

Os critérios de fluência foram estabelecidos pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd) da Universidade Federal de Juiz de Fora, a partir de estudos realizados em parceria com o Ministério da Educação (MEC) em 2017. O teste segue uma metodologia simples: o professor, com apoio de um aplicativo, grava áudios do aluno lendo três itens com graus diferentes de desafios. O primeiro item consiste numa cartela de palavras avulsas. O segundo em uma cartela de pseudopalavras (para garantir que o aluno não está lendo por memorização) e, por fim, é desafiado com um pequeno texto narrativo de 100 palavras.

“Ao gravar o aluno, o professor tem a chance de observar a leitura e perceber que ele não está alfabetizado. Por isso, a avaliação de fluência gera uma mobilização rápida do professor”, diz Márcia Ferri, gerente de políticas de alfabetização do Instituto Natura, organização que também apoia o projeto. Neste momento, tanto aluno quanto professor podem observar a capacidade de identificar as palavras e, ao mesmo tempo, expressá-las a uma audiência com ritmo, fluência e agilidade. “A fluência é importante porque quando há uma grande pausa entre as palavras lidas, esquecemos as palavras anteriores, não sendo possível compreender o texto”, aponta.

Os áudios gravados pelo professor em sala são corrigidos por um time de docentes treinados para ação e os resultados são sistematizados em uma plataforma que permite ter visibilidade em três níveis de informação: alunos, escolas e redes de ensino. Além disso, é realizada a sensibilização para que a secretaria se aproprie dos resultados: eles podem ser revertidos em práticas pedagógicas e se conectar com outras ações da rede, como as formações e materiais didáticos.

Diferente das avaliações em larga escala, que apresentam um retrato do ano anterior, a avaliação de fluência tem permitido um diagnóstico rápido, em cerca de um mês. “Quanto antes o professor, o diretor e o secretário de educação tiverem o panorama dos desafios, mais tempo têm para se engajarem na alfabetização das crianças na idade adequada”, aponta Hylo. Apesar de sua importância e de estar alinhada às matrizes de competências estabelecidas nacionalmente, a avaliação de fluência não substitui as avaliações tradicionais, mas é complementar.

Dados compartilhados, políticas fortalecidas

Para mapear o nível de fluência leitora dos alunos, 11 estados estão trabalhando em regime de colaboração com seus municípios e em parceria com a Associação Bem Comum, Instituto Natura e Fundação Lemann aplicando o teste de fluência idealizado pelo CAEd. A adesão dos municípios a iniciativa é alta e quase todos participam.

A Parceria pela Alfabetização em Regime de Colaboração (PARC) é inspirada no Programa de Alfabetização na Idade Certa (PAIC) do Ceará, referência nacional de trabalho conjunto entre Estados e municípios para erradicar o analfabetismo. Com o PAIC, o número de municípios cearenses com bons resultados na área saltou de 14 em 2007 para 141 em 2010. Além disso, o Estado bateu, em 2011, a meta 5 do Plano Nacional de Educação, alfabetizando todas as crianças até os oito anos de idade.

Com o apoio da PARC, os estados desenvolvem sua própria política de alfabetização. Para respeitar as características regionais, cada Estado deu um nome específico ao programa, como o Alfabetiza MT ou o AlfaMais Goiás. “A secretaria é protagonista nas ações. O papel do terceiro setor é apoiar no desenho das políticas e no desdobramento das estratégias de implementação. Ajudamos com apoio técnico, instrumentos, intersecção com o CAEd e, em alguns momentos, com articulação e alinhamento”, explica a gerente de políticas do Instituto Natura.

Esse modelo tem três pilares. Ele garante o compartilhamento dos dados entre gestores públicos, o alinhamento das políticas públicas dentro do território e o financiamento das ações. “Também há uma quebra de paradigma. O estudante deixa de ser visto como do Estado ou do município e passa a ser visto como do território”, diz Márcia.

Por ora, os resultados de fluência mostram um Brasil que foi impactado pela pandemia e tem resultados piores em 2021 do que teve em 2019. Os números de setembro de 2019 mostraram que 54% dos alunos do 2º ano eram pré-leitores, 26% de iniciantes e 10% fluentes no período da avaliação. Na medição de setembro de 2021, o número de pré-leitores subiu para 72%, enquanto 20% eram considerados iniciantes e 8% fluentes. Em 2022, a medição foi antecipada para abril, para que redes e professores pudessem ter uma avaliação diagnóstica já no início do ano. Neste cenário, 81% eram pré-leitores, 17% iniciantes e 2% fluentes. Mas, como as aulas começam em fevereiro, em abril as crianças ainda estão iniciando o 2º ano e, por isso, os resultados não são equiparáveis ao dos anos anteriores.

Em novembro e primeiros dias de dezembro de 2022, uma nova avaliação foi aplicada com os estudantes do 2º ano. “A expectativa é que os resultados sejam melhores, já que a avaliação do final de ano terá uma compatibilidade maior com as edições de 2019 e 2021. Além disso, tivemos um ano letivo completo depois da pandemia”, pondera Hylo. Os dados nacionais da última avaliação de fluência realizada no último bimestre letivo de 2022 serão divulgados em janeiro.

Como próximos passos, o grupo testa como diminuir o tempo de devolutiva da avaliação com a preparação dos professores que estão em sala com os alunos, para que eles, além de aplicarem as avaliações, também as corrijam. “Assim, o professor tem um retorno mais rápido dos resultados e podem se replanejar pedagogicamente para intervir já no dia seguinte”, conta Hylo. A ideia passou por um piloto em setembro deste ano com Amapá, Mato Grosso e Alagoas: os professores participaram de uma formação para aplicar e corrigir os testes. “O que estamos analisando agora é o grau de fidedignidade desses resultados que foram aferidos pelos professores”. Para 2023, o investimento na formação dos docentes deve continuar, já que acelerar a correção também permitirá que as avaliações possam acontecer mais vezes ao ano e com maior protagonismo dos professores.

Fonte: Portal do Movimento pela Base

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ABC seleciona empresa para desenvolver Dashboard de Business Intelligence

A Associação Bem Comum (ABC) publicou um termo de referência para seleção de uma empresa especializada em desenvolvimento de sistemas para ambiente web e dispositivos móveis para construção de um Dashboard de Business Intelligence (BI). 

O painel de dados irá apoiar as atividades dos colaboradores da ABC no monitoramento dos principais indicadores educacionais dos estados e municípios, orientando a tomada de decisões. 

A empresa deverá prestar o serviço de desenvolvimento, implantação, transferência tecnológica e manutenção de ferramenta de um dashboard BI. O termo de referência especifica os principais indicadores, requisitos e funcionalidades previstas para o painel de dados. O prazo para envio de propostas é até o dia 21 de janeiro de 2023.

Confira abaixo.

Termo de Referência 

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Maranhão avança no fortalecimento do regime de colaboração com seus municípios

Dando mais um passo para fortalecer o regime de colaboração com os municípios maranhenses, o Governo do Estado do Maranhão realizou, no dia 22 de novembro, em São Luís, o “Encontro da educação com prefeitos e prefeitas: juntos pela alfabetização das crianças”. O objetivo é apoiar as redes municipais de ensino na implementação de ações para a melhoria da qualidade da educação. 

Na ocasião, o governador Carlos Brandão assinou o decreto que regulamenta o Sistema Estadual de Avaliação do Maranhão (Seama) e o decreto que institui o selo “Prefeito(a) da Educação”. A iniciativa irá reconhecer prefeitos que desenvolverem trabalhos exitosos na área da educação, para promoção da aprendizagem e redução das desigualdades no Maranhão. 

Estas iniciativas se somam aos esforços já realizados pelo Governo para consolidar o Pacto pela Aprendizagem e cumprir a Agenda de Compromissos pela Alfabetização, que recebe o apoio da Parceria pela Alfabetização em Regime de Colaboração (Parc), fruto de uma aliança entre a Associação Bem Comum, a Fundação Lemann e o Instituto Natura. O estado recebe suporte técnico para que, em regime de colaboração com os municípios, desenvolva políticas estruturantes que priorizam a alfabetização das crianças.

Reconhecimento

Durante o evento, foi realizada a solenidade de entrega do “Prêmio Escola Digna”, para 18 escolas municipais com os melhores resultados de aprendizagem dos estudantes no 2º, 5º e 9º anos do Ensino Fundamental, de acordo com dados do Seama 2021. O estado tem mais de 9 mil escolas municipais nos 217 municípios.

Para o governador Carlos Brandão, “é muito importante que a gente premie as escolas como estímulo para que cada uma das escolas passe a concorrer, cumprir metas para chegar a este momento importante, que é um dia de hoje receber sua premiação. É um orgulho para o professor, é um orgulho para o gestor, é um orgulho para o Governo do Estado, para os prefeitos saber que a sua escola está sendo premiada”. 

Metade dos prêmios foram conquistados por escolas de três municípios apoiados pela Associação Bem Comum, por meio do Programa Educar pra Valer (EpV): Timon, com seis prêmios; São José de Ribamar com duas escolas premiadas; e Vargem Grande com uma escola premiada.

“Eu quero parabenizar Timon, que ganhou vários prêmios com escolas que mostraram que é possível avançar. O que a gente viu aqui hoje com Timon a gente quer para outras escolas e para outros municípios”, disse o governador do Maranhão.

Instituído pela lei nº 11.515, de 29 de julho de 2021, o Prêmio Escola Pública tem como objetivos estimular o desenvolvimento da excelência, da equidade e da qualidade social dos sistemas públicos de ensino no Estado; valorizar a gestão educacional com foco na melhoria da aprendizagem dos estudantes; mobilizar a comunidade escolar para implementação de ações didático-pedagógicas; entre outros. 

As escolas premiadas recebem auxílio financeiro de R$ 40 mil a R$ 60 mil, de acordo com o número de estudantes avaliados. Em contrapartida, as escolas premiadas deverão apoiar as unidades educacionais que obtiverem os menores desempenhos do estado, de acordo com a avaliação do Seama.

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Associação Bem Comum participa da Comunidade de Práticas em Equidade Racial na Educação

A Associação Bem Comum está participando de uma jornada da Comunidade de Práticas em Equidade Racial na Educação, promovida pela organização internacional Imaginable Futures. O objetivo é criar espaços de compartilhamento de experiências, aprendizagem entre pares e elaboração de estratégias coletivas para lidar com os desafios e ampliar as práticas para promoção da equidade.

Como parte da iniciativa, nos dias 7 e 8 de outubro, a diretora adjunta da Parceria Alfabetização em Regime de Colaboração (Parc), Vânny Rodrigues, e a gerente de Gente e Gestão, Karine Campelo, participaram de um encontro da comunidade realizado em Mairiporã-SP. 

O encontro foi estruturado com base na Sankofa que é um dos símbolos que compõem a Andikra, um conjunto de ideogramas pertencentes ao povo Ashanti da África Oriental. A Sankofa é representada por um pássaro que olha para trás e que simboliza aquilo que já foi vivido, contudo que não pode e deve ser esquecido. Para que com isso o presente seja ressignificado e por conseguinte haja a construção de um futuro melhor. 

Este evento promoveu a troca de informações e compartilhamento das iniciativas das instituições participantes que podem servir de inspiração para as demais promoverem o letramento racial e a expansão da equidade racial nas diversas esferas sociais.

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ABC na mídia Notícias Notícias Programa Educar pra Valer

Princesa Isabel (PB) homenageia professores e celebra resultados de aprendizagem dos estudantes

Para homenagear os professores pela dedicação e resultados alcançados na educação do município, a Prefeitura de Princesa Isabel-PB realizou, no dia 21 de outubro, o Oscar da Educação que comemorou também o Dia dos Professores. A festa de gala reuniu professores e servidores da Secretaria da Educação, e contou com a participação do prefeito Ricardo Pereira; do vice-prefeito José Casusa; da coordenadora regional do Educar pra Valer, Aparecida Lima, e do coordenador de comunicação da Associação Bem Comum, José Paulo de Araújo, o analista de Alfabetização da Fundação Lemann, Matheus Sena; de vereadores e de secretários municipais.

“É um momento importante para a nossa educação, pois atingimos o primeiro lugar do Ideb, no estado da Paraíba. São 223 municípios e hoje nós temos orgulho de dizermos que somos o primeiro lugar nas séries iniciais e o quarto lugar nas séries finais. E somos o primeiro lugar no Brasil dos 48 municípios avaliados pela Fundação Lemann, [no âmbito do Programa Educar pra Valer, da Associação Bem Comum]. É um momento de gratidão a toda a equipe de governo e a todos que fazem a nossa educação”, disse o prefeito da Princesa Isabel, Ricardo Pereira. 

Além das homenagens e troféus, foram premiados professores do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental, que receberam bônus em dinheiro, nos valores de R$10 mil e R$2 mil, além dos demais funcionários das escolas que receberam mil reais. As escolas com os melhores resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) também receberam premiação de R$15 mil, R$12 mil e R$10 mil, que deverão ser investidos em melhorias na própria escola.

Educar pra Valer

Princesa Isabel é um dos 48 municípios que fazem parte do Programa Educar pra Valer, desenvolvido pela Associação Bem Comum (ABC) em parceria com a Fundação Lemann. Os municípios recebem assessoria técnica gratuita e apoio na implementação de boas práticas pedagógicas e de gestão escolar para melhorar o rendimento e o desempenho dos estudantes. A atuação do programa consiste na promoção de cinco eixos básicos: gestão da rede, gestão pedagógica, formação, acompanhamento e sustentabilidade. 

Confira como foi a festa no vídeo: https://fb.watch/gmKZRpBDYE/